Presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, quer uma resposta unificada dos 11 ministros contra os ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro.
Luiz Fux quer unificar a resposta do Supremo aos ataques desferidos pelo presidente durante as manifestações deste 7 de setembro em Brasília e em São Paulo. (Foto: Reprodução)
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luix Fux, convocou agora há pouco uma reunião com os demais dez ministros da Corte para o fim da tarde desta terça-feira (7) com o objetivo de discutir uma respostas aos ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A conversa foi marcada para depois da manifestação que acontecerá na avenida Paulista, em São Paulo, e na qual está previsto um discurso duro do presidente.
Durante a manifestação realizada nesta manhã, em Brasília, Bolsonaro desferiu seu ataque mais forte contra a Suprema Corte ao dizer que: “Ou o chefe desse Poder (Judiciário, Luiz Fux) enquadra os seus, ou esse Poder pode sofrer aquilo que não queremos”. O fim enigmático da frase foi entendido como uma ameaça de fechamento.
O ministro também levantou seu sinal de alerta porque Bolsonaro disse que será na Paulista que fará seu discurso mais longo, portanto está previsto nos ataques.
Ainda no discurso feito em Brasília, Bolsonaro afirmou que iria se reunir com o Conselho da República nesta quarta-feira (8), mas tanto Fux, quando os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG), confirmaram essa agenda.
O conselho da República é formado pelos presidente dos Poderes, o vice-presidente, Hamilton Mourão, o ministro da Justiça, Anderson Torres, os líderes da maioria e da minoria nas duas Casas do Legislativo e seis cidadãos brasileiros natos indicados, dois cada, pelo Executivo, Senado e Câmara. Portanto, nessa reunião Bolsonaro teria de ouvir líderes de oposição ao governo dele, o que certamente inviabilizará a reunião.
O presidente da Executiva Nacional do PSDB, Bruno Araújo, convocou, para está quarta-feira, uma reunião do partido para reavaliar o impeachment de Jair Bolsonaro. Bruno considerou gravíssimos os ataques feitos por Bolsonaro contra o Supremo Tribunal Federal.
O objetivo de Bruno Araújo é unificar a posição dos tucanos em relação aos mais de 100 pedidos de impeachment que estão protocolados na Câmara Federal.
Texto: Gerson Severo Dantas
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