A falta de insumos ocasiona alterações no ritmo de operação das fabricantes do Polo Industrial de Manaus (PIM). Segundo o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), as fábricas, na totalidade, aderiram à redução de dias trabalhados e à modalidade home office, nas funções administrativas, na tentativa de conter custos e dar continuidade à produção.
A fabricante Visteon Corporation informou ao Real Time1 que enfrenta dificuldades para manter o ritmo produtivo considerado normal, por conta de falta de matéria-prima. A fabricante externou que opera conforme a chegada de materiais na empresa. Daí, a necessidade de alterar a rotina e modalidade dos trabalhos.
“Estamos operando com capacidade reduzida conforme ocorre a chegada de materiais. O time administrativo está em home office e estamos trabalhando 4 dias por semana. Ações locais e globais estão sendo tomadas para evitar a parada dos nossos clientes que estão no Sul e Sudeste do país”, informou a empresa por meio da assessoria.
A Visteon é uma das principais fornecedoras globais de sistemas eletrônicos e de equipamentos para interiores e climatização às montadoras de automóveis.
Alternativas adotadas
A Visteon afirma que trabalha junto aos fornecedores internacionais para a busca de materiais, e junto aos clientes, para desenvolvimento de itens alternativos. A multinacional também optou por adotar um time estratégico, na Europa, com a missão de identificar materiais de fornecedores qualificados que possam atender às plantas fabris da empresa.
“Também estamos compartilhando materiais entre as demais plantas da Visteon no mundo todo. Um time estratégico busca e identifica materiais de fornecedores oficiais e alternativos. O time é responsável pelas alocações/distribuições entre todas as plantas da Visteon”, comunicou a empresa.
Fieam confirma o cenário
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antonio Silva, também relata o cenário de dificuldades para manter a produção no PIM.
“De modo geral, a imprevisibilidade no fornecimento de insumos tem afetado todo o setor industrial. Há uma nítida demanda reprimida que não está sendo atendida em decorrência da falta de insumos. Esse desalinhamento deve perdurar ainda por alguns meses”, comentou Silva.
Texto: Priscila Caldas
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