sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Quem for contra o Estado de Direito é 'inimigo da nação', diz Pacheco

O presidente Bolsonaro tem contestado o sistema eleitoral brasileiro e nesta sexta-feira proferiu ataques diretos ao presidente do TSE.
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Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
Rodrigo Pacheco discorda de ideia de Bolsonaro de chamar empresa privada para auditar as eleições (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), deu, nesta sexta-feira (9), um recado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que tem contestado o sistema eleitoral brasileiro e nesta sexta-feira proferiu ataques diretos ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso. Pacheco disse que quem for contra os pressupostos democráticos do Brasil será definido como “inimigo da nação”.

“Todo aquele que pretender algum retrocesso ao Estado Democrático de Direito, esteja certo, será apontado pelo povo brasileiro e pela história como inimigo da nação e privado de patriotismo”, disse o senador, sem citar o nome do presidente.

Pacheco ainda afirmou que a decisão sobre como será o modelo eleitoral brasileiro cabe exclusivamente ao Congresso Nacional e não aos outros poderes. Ele marmarcou sua posição: “Tudo quanto houver de especulações em relação a algum retrocesso à democracia, como a frustração das eleições próximas, vindouras em 2022 é algo que o Congresso Nacional, além de não concordar, repudia evidentemente”, disse o senador, que prestou solidariedade ao ministro Barroso.

Questionado por repórteres, o presidente do Senado declarou que não acredita que tenham ocorrido fraudes nas eleições de 2014 e que não suspeita de eventuais adulterações na eleição de 2022. “Mas respeito aqueles que divergem da minha opinião”, contemporizou.

‘Atentado à independência’

Ainda em seu discurso, Pacheco disse que Casa não admitirá “qualquer atentado à sua independência, sobretudo às prerrogativas dos parlamentares de palavras, opiniões e votos”. A fala ocorre dois dias depois de o Ministério da Defesa e a cúpula militar atacarem a fala do senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid, que associou parte dos militares aos esquemas de corrupção na compra de vacinas.

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“Nós não podemos admitir qualquer tipo de fala, de ato, de menção, que seja atentatória à democracia ou que estabeleça um retrocesso naquilo que a geração antes da minha conquistou, que é a democracia no Brasil”, disse Pacheco.

Rodrigo Pacheco definiu as discussões públicas entre o senador e a cúpula militar como “esclarecidos, resolvidos e encerrados”.

Com informações do Congresso em Foco

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