Alemão, que é empresário, reivindica reabertura de setores não essenciais, mas há divergências na Câmara Municipal e de dirigente da FVS-AM.
William Alemão deseja que o governo acelere a reabertura de serviços não essenciais (Foto: Divulgação)
Tudo o que hoje, de acordo com o decreto do Governo do Amazonas, não é essencial, está proibido de funcionar ou, pelo menos, está funcionando com restrições. Mas o vereador William Alemão (Cidadania) defende a reabertura de setores, considerados por ele, essenciais, mesmo diante de calamidade pública. O vereador é empresário e proprietário do Porão do Alemão.
Entre os setores que ele deseja que sejam reabertos estão shoppings centers, barbearia e manicures, bares e restaurantes, entre outros.
“Peço que, tanto o meu projeto quanto o de qualquer outro vereador, que acelere essa volta de forma gradual com restrições, seja logo colocado em pauta, pois estamos vendo a cidade declinar, não somente pela pandemia, mas pela marginalidade. Bandido não respeita nada, principalmente, um decreto. E a violência só aumenta”, argumentou William Alemão.
comércio varejista;
bares e restaurantes;
salões de beleza;
cabeleireiros;
barbearias e manicures;
shoppings e praças de alimentação;
escritórios e empresas nos segmentos de advocacia, contábil, imobiliário;
corretagem de seguro e empresas de tecnologia;
serviços relativos a atividades desportivas em qualquer modalidade.
Os decretos publicados pelo governo do Amazonas, no último sábado (13), permitem que alguns serviços voltem a funcionar de forma restrita alterando e ampliando os horários de funcionamento. As alterações podem ser conferidas clicando aqui.
Na terça-feira (16), Alemão questionou o líder do prefeito na Câmara, Marcelo Serafim (PSB), se a pequena diminuição nas mortes causadas pela Covid-19, apresentada pelo parlamentar, era efeito da vacinação ou do fechamento do comércio.
“Não, porque a vacinação desse público acima de 70 anos, começará a fazer efeitos nos próximos dias. Ainda não temos o efeito vacinal, pois ele começa com 15 dias, após a aplicação da dose, considerando que o período de transmissibilidade da doença é de 10 dias. Então eu preciso ter um idoso vacinado com 25 dias para ele então deixar de fazer parte da estatística de óbitos na cidade”, respondeu Marcelo, que é farmacêutico, ao vereador William Alemão.
Marcelo defendeu, ainda, que essa diminuição de óbitos na cidade é resultado das medidas restritivas estabelecidas pelo Governo do Amazonas.
“Ontem [segunda-feira], eram 2.100 pessoas internadas e no dia 1º de março teremos, provavelmente, menos pessoas internadas do que tivemos no pico da primeira onda. A partir daí, o governo terá os subsídios necessários para que possa começar a pensar na reabertura gradual [do comércio]”, disse Marcelo.
Em concordância com Marcelo, os dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), divulgados na segunda-feira (15), mostram que houve redução de 51 para 48 óbitos pela doença, de domingo para segunda, ou seja, confirmando uma queda, mesmo que ainda pequena.
Além disso, o diretor-presidente em exercício da FVS-AM, Cristiano Fernandes, lembra que é necessário manter as medidas restritivas, devido à nova variante que circula no estado.
“A população precisa ajudar, não pode relaxar com as medidas de proteção. A gente poderia estar emergindo de qualquer variante, se nós tivéssemos adotado a proteção respiratória como rotina, o uso de máscara, medidas de higiene coletivas e individuais, uso de álcool em gel, evitar locais com aglomeração. Com isso nós vamos diminuir muito o risco de propagação da doença”, recomendou.
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