Em entrevista ao RealTime1, presidente da entidade, Wilson Périco, afirmou que não há informações sobre empresas que estejam tomando decisões de suspender as atividades.
Honda anunciou paralisação das atividades entre 25 de janeiro e 3 de fevereiro (Foto: Reprodução)
A decisão da Moto Honda da Amazônia de paralisar a produção por 15 dias, devido a falta de insumos, anunciada nesta sexta-feira (22), não deve ser acompanhada por outras empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM).
A opinião é do presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco.
Em entrevista ao RealTime1, Périco explicou que a decisão da montadora japonesa acontece pela alta dependência que a linha de montagem da empresa tem principalmente de gases, como o oxigênio industrial, associada à pandemia do novo coronavírus.
“No caso da Moto Honda, eles dependem muito de gases e, somado a isso, há a preocupação deles com relação à falta de assistência hospitalar”, explicou.
Em recente entrevista à BBC News Brasil, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, afirmou que indústria do Amazonas já cedeu todo o oxigênio que tinha em estoque para o sistema de saúde de Manaus.
Apesar da falta de oxigênio e de confirmar que a interrupção dos trabalhos em uma das maiores fábricas do PIM vai afetar a produção de outras empresas fornecedoras, Périco descarta, pelo menos por enquanto, outras paralisações.
“As paralisações dependem de empresa para empresa. Essa é uma decisão da empresa, e a da Honda certamente vai refletir nos fornecedores dela. Mas não tenho informações de nenhuma outra empresa que esteja tomando essa decisão de suspender as atividades”, esclareceu.
A Moto Honda da Amazônia anunciou, na manhã desta sexta-feira (22), que vai paralisar temporariamente a produção de motos a partir da próxima segunda-feira (25).
De acordo com a montadora, a parada foi causada pela indisponibilidade de insumos, provocada pelos impactos da Covid-19 nas cadeias de suprimentos.
A interrupção nos trabalhos deve durar de 25 de janeiro a 3 de fevereiro. A retomada está prevista para 4 de fevereiro, desde que as condições necessárias sejam atendidas.
Reportagem: Lucas Raposo
Leia mais: