Primeiras semanas de janeiro serão marcadas por entregas de cargos. Movimento é uma tentativa de pressionar o governo para ampliar o diálogo sobre os contracheques federais.
Primeiras paralisações estão marcadas para o dia 18 de janeiro (Foto: Reprodução)
O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) aprovou, na tarde desta quarta-feira (29), o calendário unificado de paralisações. De acordo com a entidade, que representa cerca de 200 mil servidores públicos federais, o movimento é uma tentativa de pressionar o governo para ampliar o diálogo sobre os contracheques das carreiras federais. As primeiras paralisações estão marcadas para o próximo dia 18 de janeiro.
Além disso, conforme informações do Fonacate, as primeiras semanas de janeiro serão marcadas por entregas de cargos comissionados “e manifestações diversas do funcionalismo”. Segundo o site Metrópolis, a decisão sobre uma possível greve geral de todas as categorias ficou para fevereiro.
“Diante da ausência de política remuneratória do governo federal, no momento em que a maioria dos servidores federais está com remuneração congelada desde 2017, acumulando, desde então, perdas inflacionárias medidas pelo IPCA de 27,2%, perdas essas que chegarão a 26,3% (IPCA acumulado + projeção Focus/Banco Central), somente no governo Bolsonaro (2019-2022), o único a não conceder reajuste geral ao funcionalismo federal nos últimos 20 anos, aprova o seguinte calendário de mobilização”, informou o Fonacate em comunicado.
Diante destas reivindicações, servidores da Receita Federal de todo o país já estão de braços cruzados. Na quinta-feira (23), delegados e chefes de divisão do Amazonas decidiram pela adesão aos indicativos ‘meta zero’, ‘operação padrão’ e ‘entrega de chefias’, após assembleia geral nacional. com isso, processos de desembaraços de cargas estão ocorrendo de forma minuciosa, o que demanda mais tempo e deve impactar a atividade produtiva no estado.
O movimento pleiteia o pagamento de uma gratificação associada à produtividade, que não foi incluído no orçamento aprovado pelo Congresso, como prometido pelo Ministério da Economia.
Em Manaus, 19 profissionais entregaram os cargos com o intuito de pressionar o governo.
Além disso, auditores que atuam no Porto de Santos, o maior na América Latina, iniciaram operação padrão na manhã desta quarta-feira, movimento que deve causar perdas de R$ 125 milhões na arrecadação diária com impostos do comércio exterior, segundo o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco).
Pressionado pela operação padrão dos auditores e pela ameaça de greve geral, o governo federal já articula a publicação de decreto que dá bônus a servidores da Receita Federal. De acordo com informações do jornal O Globo, já foi enviada à Casa Civil a minuta de um decreto que regulamenta o bônus por desempenho para os auditores da Receita.
Com informações do Metrópoles
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