Segundo a Sefaz, o desempenho anual positivo teve forte contribuição da alta do dólar e da inflação. Estado deverá encerrar o ano com arrecadação tributária de R$15,1 bilhões
Sefaz prevê crescimento de 8,57% na arrecadação tributária em 2021 (Foto: Reprodução)
A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) prevê encerrar o ano com arrecadação tributária, em real (descontada a inflação), de R$15,1 bilhões, o que representa crescimento de 8,57% em relação à receita administrada no ano anterior. Segundo a Sefaz, o desempenho anual positivo teve forte contribuição da alta do dólar e da inflação.
De acordo com o titular da Sefaz, Alex Del Giglio, o estado deverá manter índice de crescimento na arrecadação tributária mesmo em meio ao cenário econômico nacional considerado como recessão técnica. Ele afirma que nos dois últimos trimestres o Produto Interno Bruto (PIB) do país regrediu e mesmo assim o Amazonas segue crescendo em todos os segmentos produtivos.
A previsão do balanço anual da arrecadação tributária aponta para a receita de R$15.154.679.776,99, em 2021. Enquanto no ano anterior, o estado contabilizou R$ 13.957.821.860,04 em receita tributária.
“Atribuímos esse crescimento sobretudo à movimentação das variáveis macroeconômicas. A inflação elevou o crescimento sobretudo puxado pelo dólar e também por uma possível crise hídrica que elevou o preço da energia, dos combustíveis. Vários aspectos corroboraram para esse aumento, sobretudo o trabalho da fiscalização e da arrecadação com controles rígidos”, disse o secretário.
Na análise mensal, o tributo que registrou menor percentual de crescimento (0,84%) foi o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Em nove dos 12 meses o imposto registrou queda na arrecadação.
O secretário atribui o alto índice de inadimplência da quitação do IPVA à redução de renda de parte da população. Apesar de o imposto registrar inadimplência histórica entre 15% e 20%, ele afirma que neste ano o percentual foi ainda maior.
“A pandemia gerou um problema de retração para os agentes econômicos e as pessoas acabam optando por pagar despesas que são de caráter prioritário, essencial. Eles não veem o tributo como algo mandatório. Tivemos uma inadimplência bem significativa no período, o que não é normal”.
Del Giglio relata que o período eleitoral por se tratar de escolhas para cargos federais poderá refletir gerando instabilidade entre os agentes econômicos. Ele acredita que os resultados devem superar a inflação, mas com leve crescimento real.
“O processo eleitoral federal gera instabilidade entre os agentes econômicos e incertezas. Temos expectativa que provavelmente vamos conseguir superar a inflação, mas com leve e discreto crescimento real”.
Texto: Priscila Caldas
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