Segundo a CDLM, governo federal trabalha uma normatização para tributar o consumidor ao efetuar compras pela internet. A alteração já vale para e-commerce de vinhos.
Consumidor do segmento eletrônico será tributado (Foto: Reprodução)
O consumidor que optar comprar pela internet, por meio do chamado e-commerce, deverá pagar tributos a partir dos próximos meses. O governo federal trabalha uma normatização que prevê taxas tributárias sobre os pedidos efetuados por meio eletrônico. A norma já se aplica para a compra de vinhos e deverá se estender a todos os produtos. A informação foi repassada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDLM).
O presidente da CDLM, Ralph Assayag, considera a medida benéfica para o setor comercial e para o país porque, a partir da nova legislação, não só as empresas serão tributadas, mas também o cidadão que efetuar compras pela internet. Ele completa que a carga tributária será dividida entre todos os atores comerciais, e entre os estados.
“Está saindo uma normatização, a nível federal, onde o consumidor pagará impostos e isso vai mexer com o diferencial do preço dos produtos por e-commerce. Essa medida já está valendo para a compra de vinhos. São mudanças legislativas e estamos estudando para ver o que vai acontecer porque em breve todo o processo de compra eletrônica vai mudar”, informou.
Segundo Assayag, a normatização beneficiará empreendimentos comerciais localizados no interior do estado. Ele explica que a empresa é tributada, porém, os consumidores compram os produtos por e-commerce, sem tributo, contribuindo para o fechamento do empreendimento e o desemprego.
“Qualquer empreendimento que seja montado, fisicamente, no interior do estado, quebra. Isso porque a empresa paga tributos, mas o consumidor prefere fazer pedido pela internet, sem pagar imposto. A empresa fecha e deixa pessoas desempregadas”, disse.
Levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOMM) mostra que em 2021 as vendas eletrônicas totalizaram R$1,2 bilhão, acumulando 2,8 milhões de pedidos. O volume é superior aos R$998 milhões em vendas registrado em 2020, quando foram efetuados 2,37 milhões de pedidos.
Texto: Priscila Caldas
Leia Mais: