Vice-presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Marcelo Ramos (PSD) prestou contas de sua atuação parlamentar nesta segunda-feira, 21. À TV RealTime1 falou sobre cenário político, avaliou a atuação do governador Wilson Lima, do prefeito David Almeida e fez uma breve leitura das eleições que se aproximam.
“O governo Wilson Lima começou com muitas dificuldades, já no início de sua gestão teve que enfrentar uma pandemia, mas acho que ao logo do caminho ele foi alcançando maturidade, vai entendendo qual a função do governante e reage. Hoje não tenho dúvidas de que ele é um candidato competitivo. Acho que vai passar o segundo candidato e ir para o segundo turno”, avaliou.
Parte dessa competitividade se deve à mudança de postura de Wilson Lima, que assim como acontece na capital, com o prefeito David Almeida, tem estreitado sua atuação com prefeitos do interior do Estado, além de implementar programas de transferência de renda.
Federação partidária
Marcelo Ramos já deixou claro que não vai subir no palanque do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ambos já tiveram fortes embates através da imprensa. Entretanto, o deputado amazonense deixou em aberto a possibilidade de subir no palanque do ex-presidente Lula.
“Acabei de entrar no PSD e vou esperar que decisão o meu partido vai tomar para já não entrar divergindo do partido. Então, a priori, o PSD vai ter candidato a presidente da República que deve ser o presidente do Senado ou o governador Rio Grande do Sul. Vou esperar a decisão do meu partido para aí sim me posicionar sobre a eleição presidencial”, disse Marcelo Ramos.
Sobre o PT firmar uma federação partidária com PSD, Marcelo Ramos disse que o partido que ele acabou de se filiar não deverá fazer federação. “Não tem nenhuma chance do PSD entrar numa federação”, afirmou.
Orçamento secreto
Ao ser provocado sobre o orçamento secreto, artifício usado pelo governo Bolsonaro para ampliar base de apoio no Congresso, Marcelo Ramos disse que um novo presidente vai fazer esforços para reduzir o mecanismo.
Segundo ele, num possível governo Lula, caso Arthur Lira continue no comando da Câmara, Arthur Lira poderia usar o orçamento secreto para prejudicar Lula.
“Isso pode servir para ajudar o governo ou atrapalhar o governo. Hoje serve para ajudar porque Arthur Lira é alinhado ao presidente Bolsonaro. Se amanhã, Arthur Lira continua presidente com a eleição de Lula, ele vai usar isso para atrapalhar o governo”, opinou Ramos.
Confira a íntegra da entrevista:
Da Redação
Leia mais: