Bessa, que integra a base de apoio ao prefeito David Almeida (Avante), relatou supostos casos de cobrança de propina por fiscais do instituto.
O vereador destacou que nem todos os fiscais do Implurb têm essa conduta, mas "tem uma raça dentro da secretaria que vou te dizer" (Foto: Robervaldo Rocha)
O vereador Bessa (Solidariedade) da Câmara Municipal de Manaus (CMM) ameaçou, nesta terça-feira (28), a agredir servidores do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb). Segundo o parlamentar, estes servidores estariam cobrando propina para fazer vista grossa à irregularidade de obras na cidade.
Bessa denunciou na sessão plenária desta terça-feira da CMM, sem apresentar provas, que fiscais do Instituto recebem propina e usou o exemplo de um vereador que não foi reeleito que teve a obra fiscalizada por um desses funcionários. Segundo ele, quando o fiscal soube que a obra era de um vereador, teria recuado da cobrança.
“Esse fiscal não encontra o Bessa num dia bem bacana, porque ele vai levar um couro, se ele me pega num dia legal (…) Se me pega num dia legal, ele vai ver só o que a gente faz com esse tipo de gente”, intimidou o vereador, que diz receber denúncias diárias sobre fiscais.
O vereador destacou que nem todos os fiscais do Implurb têm essa conduta, mas “tem uma raça dentro da secretaria que vou te dizer”. Bessa também questionou ações do Implurb e também da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmas) que na visão dele são inúteis.
O RealTime1 solicitou uma nota sobre a denúncia do vereador, mas até o momento não obteve resposta. Esse texto será atualizado assim que recebermos uma resposta do órgão.
Em nota, o Implurb destacou que uma sindicância só é aberta quando a denúncia é, de fato, formalizada – e com apresentação de provas – na presidência ou na ouvidoria do órgão. Ainda de acordo com a nota, é a partir daí que os fatos serão apurados e a investigação é feita, “dando ampla defesa ao denunciado”.
“Após a apreciação da denúncia e das provas, serão tomadas as medidas administrativas cabíveis, inclusive com exoneração de servidor, caso se comprovem os atos denunciados”, finaliza o Implurb.
Texto: Jefferson Ramos
*Matéria atualizada às 16h51 para a inserção da nota do Implurb.
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