Vereadores da base governista do prefeito David Almeida (Avante) na CMM provocaram Rodrigo Guedes e Amom Mandel que conseguiram na Justiça barrar o avanço da obra.
Foram cobradas explicações também a respeito do contrato de aluguel de 41 picapes, mas o presidente da CMM, vereador David Reis (Avante) não compareceu à sessão. Foto: Divulgação.
Depois de a Câmara Municipal de Manaus (CMM) ser forçada a recuar da construção de um prédio anexo de R$ 32 milhões e de um contrato de aluguel de 41 picapes, a fala do vereador Rodrigo Guedes (PSC), durante a sessão plenária desta segunda-feira (20), que defendeu que a Câmara devolva sobra de recursos à Prefeitura de Manaus, ao invés de gastar com o anexo, gerou incômodo em alguns vereadores.
“Essas Câmaras estão erradas (ao devolver o excedente do orçamento)? Por que não podemos fazer isso também? Estamos vivendo o momento mais difícil da humanidade com pessoas passando fome literalmente. Pessoas desempregadas, inflação alta. Não é uma luta minha e do vereador [Amom] Mandel. Quer dizer que defender a devolução do recurso da CMM para a Prefeitura é errado e construir o prédio é certo”, questionou.
Foram cobradas explicações também a respeito do contrato de aluguel de 41 picapes, mas o presidente da CMM, vereador David Reis (Avante), não compareceu à sessão. O vereador Amom Mandel (sem partido) cobrou na plenária respostas de Reis. “Hoje eu direciono meu discurso ao presidente da Casa. Infelizmente nesta sessão ele não compareceu aqui, mas espero que ele esteja acompanhando online”.
Os vereadores Sassá da Construção Civil (PT) e Allan Campelo (PSC) provocaram Guedes e o vereador Amom Mandel (sem partido), que ajuizaram uma ação civil pública, acatada pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), barrando a continuidade do planejamento da construção do anexo.
Campelo disse que Amom e Guedes querem fazer política “em cima da nossa cabeça aqui dentro”. E completou a queixa: “jogando a população contra a gente de forma … Vejo que algumas pessoas procuram meios sensacionalistas, no meu ponto de vista pessoal, desonesto para crescer pisando na cabeça da maioria de nós”.
O vereador Capitão Carpê Andrade (Republicanos) pediu a palavra para destacar que também se opõe à construção do anexo da CMM e ainda chegou a reclamar dos vereadores não lembrarem que ele é também é contra.
“Não é uma luta apenas dele (Rodrigo) e do Amom, porque vai parecer que eles são dois super heróis, duas pessoas que se uniram, como se fossem só eles defendendo essa bandeira”, cobrou Carpê, exigindo reconhecimento.
O vereador Kennedy Marques (PMN) disse que construir o anexo seria algo “certo ou errado” e emendou dizendo que se fosse presidente não faria a obra.
“Só deixo claro que não faço política e não farei política em cima de outros colegas. Não é o meu estilo, até porque não preciso disso”, finalizou.
Texto: Jefferson Ramos
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