Raoni Lopes é secretário-geral do partido e enfrenta denúncia de violência política de gênero. Ao RealTime1, ele diz que sofre perseguição política dentro do partido.
Raoni Lopes anunciou pré-candidatura ao Senado para fortalecer palanque de Lula no Amazonas (Foto: Reprodução/Facebook)
A presidente do PSol Amazonas, Rosilene Almeida, anunciou para este sábado (14) uma reunião com dirigentes do partido para organizar os rumos da sigla no Estado. O partido vive uma guerra interna pela disputa de poder entre ela e o secretário-geral Raoni Lopes, que enfrenta pedidos de afastamento e até expulsão da legenda.
Pesa sobre Raoni denúncia de violência política de gênero contra Marklize Siqueira que, por isso, deixou a sigla e se filiou ao PCdoB. Agora, Rosilene também diz que é vítima de violência política de gênero praticada, segundo ela, também por Raoni Lopes.
Recentemente, Raoni anunciou sua pré-candidatura ao Senado Federal. Porém, a decisão não conta com o apoio da presidência do partido. Mas, segundo o objetivo da pré-campanha é, além de apresentar um nome, fazer um debate em torno de um palanque progressista para o ex-presidente Lula no Amazonas.
“Queremos dialogiar com o PT, PCdoB e PV, para viabilizar um debate regional. Wilson é bolsonarista, Amazonino é neutro, então nós precisamos de um palanque no Amazonas para o Lula. Nosso candidatura é uma luta contra o Governo Bolsonaro”, explicou ele.
Um comunicado da direção estadual do partido revela que Raoni tem convocado filiados para movimentos contrários ao da atual gestão. Inclusive, segundo Rosilene, integrantes do partido têm boicotado reuniões convocadas por ela. Clique aqui e leia a nota oficial da presidente regional da sigla.
Na quarta (11), o Tribunal de Justiça do Amazonas concedeu liminar favorável à presidência do PCdoB, que pediu a anulação de atos em nome do partido que não tenham sido convocados pela presidente da sigla. Justiça estipulou multa de R$ 5 mil, caso a decisão seja descumprida por quem quer que seja dentro do PSol.
O secretário-geral da legenda, por sua vez, diz que tem respeito por Marklize e a decisão de sair do partido foi única e exclusivamente dele. No entanto, Marklize alega que encaminhou ao conselho de ética do Psol denúncia contra Raoni por se sentir “em perigo”. Além da denúncia no PSol, Marklize também registrou Boletim de Ocorrência por injúria e difamação. O caso é investigado pela Polícia Civil do Amazonas.
O Psol Amazonas é composto por sete tendências. Dessas, cinco assinaram um manifesto pela expulsão de Raoni, enquanto duas ficaram de fora.
Hoje, Raoni tem a seu favor a maioria dentro da sigla. Ele acredita que sofre perseguição política por não apoiar a candidatura de Marcelo Amil ao Governo do Amazonas pelo Psol.
“Não deixarei que o Marcelo faça no Psol o mesmo que fez pelos outros dois últimos partidos que passsou, o PMN e o Partido da Mulher”, promete o secretário-geral da legenda.
Pré-candidato ao Governo pelo Psol, Amil informou, por meio de nota, que não não concorda com a sabotagem covarde contra a presidente do partido, e dipara: “golpistas, machistas e misóginos não passarão”.
Da Redação
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