O livro avalia o governo Bolsonaro e o bolsonarismo tal e qual um conjunto de extremismos que tem gerado perseguições e intolerâncias à raça, gênero, etnia e espiritualidade.
Obra destaca interpretações sobre o bolsonarismo de maneira argumentativa e multicêntrica (Foto: Divulgação)
O livro “Coalizão democrática: as eleições de 2022 e a garantia das instituições” foi lançado na tarde desta quarta-feira (19), na internet. Os autores são os acadêmicos Sérgio Bairon, ligado à Universidade de São Paulo (USP) e Renan Albuquerque, docente da Ufam, além dos ativistas e cientistas políticos Fabiano Garrido (Consultor e Assessor Legislativo) e Roberto Vasquez (Partido Podemos/Espanha).
A publicação é uma parceria entre a Editora da Universidade Federal do Amazonas (Edua) e Alexa Cultural.
A obra, com distribuição digital gratuita, é o primeiro resultado de projeto de extensão que visa debater a escalada do bolsonarismo e da política de produção de ignorância no Brasil. “Coalizão democrática: as eleições de 2022 e a garantia das instituições” é resultado de projeto conjunto da USP com a Ufam, que tem o propósito de disseminar o debate sobre as relações políticas na atualidade.
O livro, na íntegra, pode ser acessado AQUI.
A crise no Brasil passou a ser lastreada atualmente no desrespeito a todo o tipo de lugar de autoridade, na vontade de reviver o militarismo com sua hierarquia de poderes e na noção de progresso com base em lucros vultosos para uma economia de mercado financeiro. Considerando isso, foi editado “Coalizão democrática: as eleições de 2022 e a garantia das instituições”, em que se partiu do suposto da política de produção de ignorância enquanto método de ação do Estado brasileiro.
Na publicação, foi avaliado o governo Bolsonaro e o bolsonarismo tal e qual um conjunto de extremismos que tem gerado perseguições e intolerâncias à raça, gênero, etnia e espiritualidade, entre demais violências às dimensões de humanidade. Também foram ponderadas agressões incidentes, diante dos termos do contemporâneo, que acompanham a construção epistemológica do fascismo.
Foram estudadas estratégias fascistas no mercado e no Estado, ao pautarem verticalmente a luta contra a corrupção e a manutenção do modelo familiar tradicional judaico-cristão. Outro fator distintivo foi o comportamento de massa, que se mostra com muito potencial na política do presente, amparado na volumosa narrativa de ultradireitistas em redes sociais e aplicativos de mensagens.
Esses canais são utilizados como principais meios de comunicação social. Trata-se de um comportamento orientado pela perspectiva do heroísmo, vigente segundo a força das armas e o discurso bélico surgido no Estado Novo e na Ditadura 1964-1985. Agora, mais uma vez, esse cenário é instado no cenário da sociopolítica pós-golpe de 2016 e com a ascensão da ultradireita.
No livro, foram destacadas interpretações sobre o bolsonarismo de maneira argumentativa e multicêntrica.
Com informações da assessoria
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