MPF aciona Bolsonaro por improbidade pelo pagamento de vendedora de açaí como se fosse do gabinete do presidente, da época em que ele era deputado federal.
Em 2018, o jornal Folha de S.Paulo revelou que Bolsonaro usava verba da Câmara Federal para manter Wal do Açaí como assessora (Foto: Reprodução)
O Ministério Público Federal (MPF) enviou à Justiça Federal em Brasília uma ação de improbidade contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e de Walderice Santos da Conceição, ou “Wal do Açaí”, suspeita de ser funcionária fantasma no gabinete de Bolsonaro quando ele foi deputado federal. As informações são do site UOL.
Na ação, o MPF também requer o ressarcimento dos recursos públicos indevidamente desviados.
Em 2018, o jornal Folha de S.Paulo revelou que Bolsonaro usava verba da Câmara Federal para manter Wal do Açaí como assessora, que na verdade era vendendora de açaí.
Após mais de três anos, o caso não teve conclusão. O procurador responsável pelo caso, João Gabriel Queiroz, chegou a se afastar em dezembro de 2019 para fazer mestrado na Espanha. Nesse período, o procedimento passou por gabinetes, mas ninguém deu continuidade ao inquérito.
“As condutas dos requeridos e, em especial, a do ex-deputado federal e atual presidente da República Jair Bolsonaro, desvirtuaram-se demasiadamente do que se espera de um agente público. No exercício de mandato parlamentar, não só traiu a confiança de seus eleitores, como violou o decoro parlamentar, ao desviar verbas públicas destinadas a remunerar o pessoal de apoio ao seu gabinete e à atividade parlamentar”, diz o texto da ação do MPF.
A ação foi distribuída à 6ª Vara Federal do Distrito Federal. Nela, o MPF sustenta também, com base em precedentes do Supremo Tribunal Federal (STF), que atos de improbidade praticados antes da posse como presidente da República não estão abrangidos pela imunidade prevista no Artigo 86 da Constituição Federal.
Com informações do site UOL
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