Longe do Congresso Nacional há 12 anos, Marcelo aposta em novas estratégias para conquistar eleitores no interior do Amazonas para somar com votos na capital.
Marcelo Serafim é líder do prefeito na CMM (Foto: Divulgação)
O vereador Marcelo Serafim (Avante) é um dos nomes que deve concorrer nesta eleição para deputado federal. Em entrevista ao RealTime1, o parlamentar falou sobre a atual configuração política que integra e destacou estratégias para se garantir na briga por uma das duas vagas que seu partido almeja conquistar.
No interior, por exemplo, Marcelo sairá em busca de 20 mil votos para somar com os que cogita conquistar na capital e, para isso, já agendou a primeira cidade a ser visitada: Tefé, o quinto maior colégio eleitoral do Estado.
Longe do Congresso Nacional há 12 anos, quando terminou seu mandato como deputado federal da legislatura 2007-2010, Marcelo diz que, além de temas referentes à Amazônia, também lutará por pautas ligadas à saúde pública – área essa pela qual ele tem se dedicado nos últimos meses, principalmente durante os picos da pandemia de Covid-19.
Atualmente, Marcelo cumpre mandato como vereador na Câmara Municipal de Manaus (CMM). Ele foi eleito pelo PSB, mas deixou o partido no mês passado para se filiar ao Avante, do prefeito de Manaus, David Almeida, de quem é líder no Executivo Municipal.
Ao RealTime1, ele explica como se deu a configuração e diz que a troca de partido aconteceu porque foi necessária e nega ter ensaiado o movimento político.
“Houve alteração na legislação eleitoral em setembro do ano passado e isso inviabilizou minha candidatura pelo PSB, pois com o fim das coligações não haveriam chances de ser eleito deputado federal. Então, conversei com a direção nacional do PSB e viabilizei com o prefeito de Manaus a minha filiação para a disputa do pleito”, conta o parlamentar.
Questionado se essa configuração política pode mudar, Marcelo diz que não espera e nem acredita que isso possa acontecer, pois sabe muito bem sua posição na partida. “A posição que eu fui escalado é a para jogar como candidato a deputado federal. Não vejo possibilidade de mudar essa minha colocação e nem tão pouco disputar vaga na Aleam [Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas]”, enfatiza ele.
Marcelo, que caminhou a vida política ao lado do pai, nega que se distanciará do político, que deve concorrer à reeleição como deputado estadual. Ele garante que, mesmo no Avante e escalado para disputar uma vaga no Congresso Nacional, deve coordenar a campanha do pai.
“Nossa campanha será trabalhada de forma conjunta. O PSB não vai configurar a federação com PT, PCdoB e PV, pois eu conversei pessoalmente com o presidente nacional no mês passado”, garante Marcelo.
O vereador diz que tem encontrado dificuldade para conciliar a atividade parlamentar na CMM com a agenda de pré-campanha a deputado federal, mas que no próximo mês dará o pontapé inicial por um município que tem base eleitoral fixa do Avante.
“Tenho conversado com o prefeito David Almeida, e ficou acertado que vou começar a agenda no interior pela cidade de Tefé. Tenho consciência de que a maioria dos meus votos é de Manaus, onde vou trabalhar para conquistar de 25 mil a 40 mil eleitores. No interior do Amazonas vou em busca de 15 a 20 mil votos que vão me garantir na briga por uma das duas vagas que o Avante deve conquistar no Congresso. Acredito que quem tiver mais de 50 mil votos no partido já estará na briga direta pela cadeira”, analisa o político.
Indagado pela possibilidade de renunciar ao mandato na Câmara para se dedicar integralmente à disputa deste ano, ele diz não considerar essa hipótese e que a prioridade é o mandato como vereador. “Fui eleito vereador. Se a população decidir que devo ser eleito deputado federal, ela estará me dando uma nova oportunidade e então renuncio ao mandato para assumir uma maior responsabilidade”.
Marcelo diz que durante 12 anos foi presidente estadual do PSB no Amazonas e conhece toda a máquina partidária, mas que, apesar disso, prefere focar apenas na eleição para deputado federal e, no momento, não quer assumir compromissos na diretoria da sigla.
“Sou um soldado do partido e sempre farei o que for melhor para a sigla. Não pleiteio e nem tenho interesse em nenhum cargo partidário dentro do Avante, porque eu já exerci durante quase toda a minha vida política esses cargos. O Avante tem pessoas extraordinárias e muito bem qualificadas para assumir essas posições”, finaliza ele.
Texto: Isac Sharlon
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