O vereador, que vai disputar uma vaga na Aleam, minimizou a atitude do pastor. Joelson também adiantou que a tendência é seguir no pleito dando apoio à reeleição de Wilson.
Joelson também é pastor da Assembleia de Deus (Foto: Reprodução)
Após o Comitê de Combate à Corrupção denunciar a Igreja Assembleia de Deus por pedir voto antecipadamente a três políticos do Amazonas, o vereador e pré-candidato à Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Joelson Silva (Patriota) manifestou-se e disse que “não houve pedido de voto explícito”.
Joelson refere-se à situação que aconteceu neste fim de semana, quando o pastor Moisés Melo apresentou três nomes que serão lançados com o apoio da Assembleia de Deus. Além de Joelson, o pastor disse que a Igreja pode dar até 80 mil votos para o deputado federal Silas Câmara (Republicanos) e para o ex-secretário de Segurança Pública, Dan Câmara.
“No meu caso, ele [pastor Moisés] só me apresentou. Disse que eu era pré-candidato a deputado estadual e que nós tínhamos todas as condições em Manaus de trabalhar e conseguir uma vaga na Assembleia”, explicou o vereador, que também é pastor da Assembleia de Deus.
No entanto, no entendimento do Comitê, que acionou o Ministério Público Eleitoral para apurar o fato, o pedido de voto é latente.
A denúncia é baseada nas palavras dirigidas pelo pastor Moisés Melo aos fiéis presentes no culto de sábado (23), afirmando que a congregação religiosa poderia dar até “80 mil votos” aos pré-candidatos.
Perguntado se a declaração do pastor Moisés poderia ser considerada como abuso de poder, Joelson discordou.
“Nesse dia eu inclusive, ministrei a palavra. Não comentei nada de política. A minha palavra foi totalmente baseada em um texto bíblico”, respondeu o vereador, enfatizando que tem história dentro da Assembleia.
O vereador Joelson Silva disse ainda que precisa esperar a definição – tanto da Assembleia de Deus quanto do partido que é filiado – em relação aos apoios que dará ao pedir votos para a disputa do Governo do Estado e do Senado.
O pastor enfatizou que o Patriota tem um bom relacionamento com o governador Wilson Lima (UB), candidato à reeleição, mas pontuou que também não há quaisquer rusgas em relação aos outros pré-candidatos.
“São duas situações que vou tentar conciliar: o partido e a igreja. Não sei com quem a Igreja vai caminhar. Na verdade, sou neto de um pastor da Assembleia de Deus. Tenho raízes nela. Mas a tendência partidária é caminhar com o governador “, adiantou.
Texto: Jefferson Ramos
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