Em megaevento realizado neste domingo, o candidato à reeleição criticou as pesquisas eleitorais que colocam Lula à frente e afirmou que a luta é do "bem contra o mal".
Participaram do ato o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o senador Fernando Collor de Mello, além de ministros do governo Bolsonaro (Foto: Divulgação)
Em clima de campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de um evento do seu partido na manhã deste domingo (27), em Brasília. Em discurso, ele afirmou que sua luta é do “bem contra o mal”, e não da “esquerda contra a direita”.
Ele também criticou pesquisas eleitorais que apontam liderança do ex-presidente Lula na disputa pela Presidência e elogiou o coronel Carlos Brilhante Ustra, morto em 2015. Ustra foi chefe do DOI-Codi, órgão de repressão da ditadura militar. Mais de 30 anos depois, em 2008, ele foi condenado pela Justiça por sequestro e tortura.
Apesar do nome “Movimento Filia, Brasil”, o evento antes havia sido anunciado como lançamento da pré-candidatura de Bolsonaro à presidência. Mesmo com a mudança no nome, o clima no evento, em um centro de convenções, era de campanha, com música e o público gritando o nome do presidente, enquanto um narrador ao estilo de rodeios puxava coros e bradava que Bolsonaro “representa a dignidade do povo brasileiro”.
O evento do PL acontece no mesmo dia em que o TSE acatou, em decisão liminar, um pedido do partido de Bolsonaro para classificar como propaganda eleitoral as manifestações políticas das cantoras Pabllo Vittar e Marina no Lollapalooza. O TSE também determinou multa de R$ 50 mil para a organização em caso de reincidência.
O presidente negou que o evento era campanha eleitoral antecipada: “Aqui não é lugar de fazer campanha para ninguém”, disse. Bolsonaro afirmou que a disputa não é “luta da esquerda contra a direita”, mas sim, “do bem contra o mal”.
Estavam presentes no palco do evento o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o senador e filho do presidente, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, além da primeira-dama, Michelle Bolsonaro e do senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (Pros-AL).
Em seu discurso, Bolsonaro elogiou o coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra (1932-2015), que trabalhou durante a ditadura militar e foi condenado na Justiça por tortura. Para o presidente, o coronel “lutou por democracia”. Ustra foi condenado em primeira e segunda instâncias pela Justiça de São Paulo a reparar vítimas da ditadura militar que sofreram torturas. Recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que manteve as condenações.
Com informações UOL
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