Com uma criança indígena no colo, Jair Bolsonaro ainda afirmou que seu governo foi o que mais se aproximou dos povos originários e disse que todos são iguais perante Deus.
Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) afirmou hoje que vai contestar o ato na Justiça (Foto: Reprodução)
Em meio a polêmicas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu a medalha de mérito indigenista nesta sexta-feira (18). O chefe do Executivo recebeu a honraria vestindo um cocar na cabeça e carregando uma criança no colo. Um trecho da cerimônia foi postado no Twitter do presidente. Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) afirmou que vai contestar o ato na Justiça.
“Me sinto muito feliz com este cocar graciosamente ofertado. Somos exatamente iguais e todos nós viemos à terra pela graça de Deus. Cada vez mais, nos transformamos iguais. Isso não tem preço. O que nós sempre quisemos foi fazer com que vocês se sentissem exatamente como nós”, afirmou na solenidade ocorrida no Ministério da Justiça.
Bolsonaro ainda afirmou que seu governo foi o que mais se aproximou dos povos originários. Frisou também que quer que “façam em suas terras exatamente o que nós fazemos nas nossas”.
A medalha de mérito indigenista foi criada em 1972 e é concedida a pessoas que se destacam na proteção dos povos indígenas. A condecoração é definida pelo ministro da Justiça, Anderson Torres.
O sertanista Sydney Possuelo, ex-presidente da Funai e uma das maiores autoridades sobre a questão indígena do país, devolveu, ontem, a Medalha do Mérito Indigenista, que recebeu há 35 anos. O gesto foi um protesto à concessão da honraria ao presidente Bolsonaro, que, segundo ele, em várias oportunidades se colocou contra os direitos dos povos originários — como, por exemplo, quando criticou a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) não acatar a tese do novo marco temporal da demarcação das terras indígenas.
Com informações do Correio Brasiliense
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