Ao voltar atrás e dizer que mantinha interesse na Presidência, Sérgio Moro desagradou ala do União Brasil que decidiu pedir a impugnação de filiação do ex-juíz.
Sérgio Moro deixou o Pomdemos e se filiou ao União Brasil na quinta-feira (31) (Foto: Reprodução)
Nem bem completou 24 horas de filiação ao União Brasil, o ex-juiz Sérgio Moro já pode ficar sem legenda. Após ter se filiado ao UB com a informação de que abria mão da pré-candidatura à Presidência da República, Moro deu uma declaração pública na tarde desta sexta-feira (2) de que não havia desistido do Planalto e que não concorreria à Câmara Federal.
A declaração não agradou em nada a uma ala do primeiro escalão do União Brasil, liderada pelo secretário geral da legenda, Antônio Carlos Magalhães (“ACM”) Neto.
“Vamos apresentar, ainda hoje, um requerimento de impugnação da filiação dele. Será assinado pelos 8 membros com direito a voto no partido, o que corresponde a 49% do colegiado. A filiação, uma vez impugnada, requer 60% para ter validade”, declarou ACM à Carta Capital.
A condição para que Moro se filiasse ao UB apresentada por alguns integrantes pesos pesados do movimento, era a de que ele concorresse no colégio eleitoral de São Paulo e não mais para a Presidência da República. A declaração do ex-juiz e ex-ministro da Justiça, pegou o grupo de surpresa.
Quem também foi pego de surpresa na quinta-feira (31) foi o Podemos, partido que até então bancou os custos da pré-campanha de Moro com recursos do Fundo Partidário.
“O Podemos jamais mediu esforços para garantir ao presidenciável uma pré-campanha robusta, a começar por um grande evento de filiação e por toda retaguarda necessária para deslocamentos em segurança pelo País, com total garantia de recursos para sua futura campanha eleitoral (,,,). Para a surpresa de todos, tanto a Executiva Nacional quanto os parlamentares souberam via imprensa da nova filiação de Moro, sem sequer uma comunicação interna do ex-presidenciável”, diz a nota.
Da Redação com Agências de notícias
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