O subprocurador-geral Lucas Furtado, do Ministério Público (MP) ligado ao Tribunal de Contas da União (TCU), pediu o bloqueio de bens do presidenciável Sergio Moro (Podemos) por suspeita de sonegação de impostos em relação aos pagamentos que o ex-ministro da Justiça recebeu da consultoria Alvarez & Marsal ao deixar o ministério da Justiça no governo Jair Bolsonaro.
Em nota, Moro diz ser vítima de “abuso de poder” e que está disponível para prestar esclarecimentos ao órgão.
O pedido do procurado ocorre após o próprio Furtado solicitar, no dia 31, o arquivamento da investigação aberta em relação a Moro e os ganhos de R$ 3,6 milhões, de remuneração da consultoria que responde pela área jurídica de empresas condenadas na Operação Lava Jato, cujos processos foram julgados pelo ex-juiz.
Conforme o site UOL de notícias, o subprocurador destaca suposta inconsistência dos documentos comprobatórios, já que não houve apresentação na íntegra dos dois contratos firmados com Moro; declaração de saída definitiva do Brasil; avaliação da existência de visto americano para trabalho; averiguação da tributação pelo lucro real da empresa; e suposta utilização da “pejotização” de Moro para reduzir a tributação incidente sobre o trabalho.
A Alvarez & Marsal recebeu ao menos R$ 65 milhões de empresas envolvidas na Lava Jato. O valor representa 78% de seu faturamento entre 2013 e 2021.
Por nota, Sergio Moro disse que viu o pedido com “perplexidade” e se sente vítima de “abuso de poder”. “Fica evidenciado o abuso de poder perpetrado por este procurador do TCU. Pretendo representá-lo nos órgãos competentes, como já fez o senador da República, Alessandro Vieira, e igualmente promover ação de indenização por danos morais. O cargo de procurador do TCU não pode ser utilizado para perseguições pessoais contra qualquer indivíduo”, diz o texto,
Com informações do UOL
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