Deputado Zé Ricardo (PT-AM) fez balanço das atividades e dos projetos nas áreas da Saúde e da Educação, além de comentar o quadro econômico e as eleições.
Zé Ricardo confirmou que é candidato à releição na Câmara Federal para fortalecer a bancada do PT no Congresso (Foto: Divulgação)
O deputado federal José Ricardo Wendling (PT) fez um balanço das atividades parlamentares em 2021 e destacou a atuação dele em prol da Saúde, especialmente na questão da pandemia da Covid-19 e do episódio da falta de oxigênio em Manaus em janeiro.
“Denunciamos o descaso do governo em relação à falta de oxigênio, assim como a falta de leitos de UTI. Fizemos um relatório e encaminhamos para a CPI (da Covid), em Brasília e também entramos com denúncia junto ao Ministério Público Federal”, elencou Zé Ricardo.
O deputado lembrou ainda da aprovação do projeto que criou o piso salarial dos trabalhadores da enfermagem e que contou com o apoio dele, assim como a instituição do piso para os agentes de combate às endemias. “No geral, defendemos mais investimentos para reforçar a Saúde, inclusive pedindo a realização de concurso público”, disse.
Zé Ricardo também enumera as ações tomadas por meio da Comissão de Educação da Câmara Federal, como a defesa dos repasses de forma correta aos trabalhadores da Educação, dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). “Questionamos o governo federal que entrou com o projeto de calote nos precatórios desses fundos”, frisa.
Outro destaque foi a liberação, por meio de emenda de bancada, de mais de R$ 20 milhões para a Universidade do Estado do Amazonas (UEA). “Tivemos ainda uma vitória que foi o auxílio emergencial de R$ 600 ao mesmo tempo que questionamos o governo federal quanto ao fim do Bolsa Família. E a grande conquista recente foi a Lei do Auxílio gás. Essa Lei é do PT, eu sou um dos coautores dela e agora cabe ao governo federal cumprir. Portanto, são várias vitorias e as lutas vão continuar em 2022”, diz.
Sobre as Eleições em 2022, Zé Ricardo confirma que será candidato à reeleição e a estratégia foi definida, segundo o parlamentar, em conversas no PT junto com o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e a ideia é reforçar a bancada do partido no projeto que eles chamam de ‘reconstrução do Brasil’.
Em relação ao nível da campanha presidencial, Zé Ricardo afirma que, da parte do PT e de Lula, caso ele seja candidato, ela será de alto nível. “Será como sempre fizemos: com propostas e projetos concretos para o Amazonas e para o País. Quanto aos outros candidatos eu não sei. O atual presidente (Jair Bolsonaro) ganhou as eleições com muita fake news e espero que a Justiça Eleitoral combata fortemente isso esse ano. Da parte do PT vamos focar nos projetos e propostas para melhorar a vida da população que está sofrendo muito.
Zé Ricardo avaliou o desempenho do Polo Industrial de Manaus (PIM), que deve fechar o ano com um crescimento do faturamento de 34,04%, em relação a 2020, somando quase R$ 163 milhões.
“Alguns segmentos mantiveram a atividade apesar da pandemia como eletroeletrônico, celulares, computadores, motocicletas. No caso das motocicletas, devido o aumento do custo de vida e da alta do preço da gasolina, muita gente deixou de usar o veículo de passageiro e começou a comprar motocicleta. Isso favoreceu o PIM e fez alavancar venda, o faturamento e arrecadação pública”, defende.
“No ano que vem, se o governo mantiver essa mesma política de reajuste dos combustíveis, de alguma forma poderá ajudar alguns segmentos do PIM”, prevê. Para o deputado, no entanto, outros segmentos são ameaçados porque o ministro da Economia, Paulo Guedes, é contra os incentivos da Zona Franca de Manaus (ZFM). “Eu, como deputado federal, estou sempre rechaçando qualquer medida ou posicionamento que seja contrário à ZFM”.
Quanto ao quadro geral da Economia, Zé Ricardo vê o País chegando a novos patamares de inflação, que já ultrapassou os dois dígitos, alta no desemprego, da pobreza e da fome. “A tendência para 2022 é termos a inflação e também continuar estagnado em termos econômicos. O governo federal não realiza investimentos para fomentar a economia, enquanto o setor privado está com medo, mesmo apoiando o governo Bolsonaro, o setor privado está com o pé atrás, tem medo, está esperando a eleição”, argumenta.
Texto: Emerson Medina
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