Presidente do Sindicato dos Feirantes alerta que, com queda nas vendas, produtos estão ficando estocados e impróprios para o consumo. Feirantes não descartam paralisação.
Feirantes não descartam paralisações, caso negociações com o governo não avancem (Foto: Reprodução)
Nos próximos sete dias o consumidor amazonense deverá sentir no bolso o aumento nos preços de hortifrutigranjeiros.
Feirantes alegam que devido à redução do horário de funcionamento das feiras, as vendas diminuíram, produtos estão ficando estocados e impróprios para o consumo.
Os comerciantes estão cancelando novos pedidos aos fornecedores e há risco de desabastecimento, segundo eles.
O Decreto n. 43.303, de 23/01/2021 do Governo do Amazonas estabelece o horário para o funcionamento de feiras e mercados em todo o estado entre 04h e 10h da manhã até 31 de janeiro.
De acordo com o presidente da Comissão Gestora da Feira Manaus Moderna e do Sindicato dos Feirantes de Manaus, Davi Lima, a alternativa seria estender o horário de funcionamento até às 13h.
“O movimento nas feiras já estava ruim e agora piorou ainda mais. Produtos estão estragando e os feirantes atacadistas já cancelaram os pedidos. Se o governo não mudar esse horário em sete dias o preço dos produtos vai aumentar porque haverá desabastecimento. O governo esquece que as feiras abastecem a capital, incluindo os supermercados, e os municípios”, alertou.
Lima informou que a categoria tenta diálogo com o governador Wilson Lima, na tentativa de estender o horário até às 13h, como vinha acontecendo antes do novo Decreto.
“A qualquer momento podemos parar o funcionamento em todas feiras e fazer uma manifestação, caso a situação continue”, disse.
Feirante e proprietário do Atacadão Reis Ltda, Sérgio Reis, recebe semanalmente de cinco a seis carretas com legumes e verduras fornecidos pelos estados de São Paulo, Goiás, Bahia, Paraná, Pernambuco e Minas Gerais. Ele cancelou novos pedidos.
“As carretas levam entre 15 e 18 dias para chegar a Manaus. Os itens estão ficando estocados, então cancelamos tudo. Há 15 dias não fazemos pedidos. Mensalmente o prejuízo é de R$150 mil”.
Reportagem: Priscila Caldas
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