Indice Fipe e Alelo aponta que queda no consumo é decorrente de medidas de restrição contra a Covid-19. Para a Abrasel, próximos meses poderão registrar melhor desempenho.
Em maio, Amazonas teve o terceiro pior índice de consumo em restaurantes. (Foto: Reprodução)
O Amazonas teve a terceira maior queda nacional (34,4%) no consumo em restaurantes, em maio, na comparação a igual mês de 2019. A informação é do levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a Alelo, bandeira especializada em benefícios e despesas corporativas.
Conforme a pesquisa, a retração nas vendas dos restaurantes foi motivada pelas restrições decorrentes da pandemia da Covid-19. O índice Fipe e Alelo aponta que somente o Acre registrou crescimento no consumo. Os estados que tiveram as maiores reduções nas comercializações foram Rio de Janeiro (-37,6%) e Bahia (-37,1%).
O Índice de Consumo em Restaurantes (ICR) aponta a evolução do consumo de refeições prontas em estabelecimentos como restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, além de serviços de entrega (delivery) e retirada em balcão/para viagem (pick-up).
O presidente em exercício da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes seccional Amazonas (Abrasel-AM), Jean Fabrízio, avalia os resultados do primeiro semestre como negativo. Ele atribui a queda nas vendas às medidas de contenção à pandemia.
“Foi o pior semestre de todos os tempos por conta do Decreto estadual que impôs o toque de recolher, entre janeiro e março. Os restaurantes que operam no jantar foram prejudicados e só puderam voltar à ‘quase’ normalidade no funcionamento em abril. Ainda assim, os protocolos de distanciamento entre mesas e a capacidade de lotação de 50% do total comportado pelo estabelecimento, permanecem até hoje”, comenta.
Fabrízio acredita que com o avanço da vacinação contra a Covid-19 a situação volte à normalidade e gere melhores números até o final do ano. Em meio ao cenário de incerteza, o empresário não estimou número para o crescimento.
“Temos esperança de melhorias para o segundo semestre por conta do avanço na vacinação. Mas não temos como estimar um percentual de crescimento”.
Texto: Priscila Caldas
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