Entre as reclamações estão: desrespeito a protocolos de prevenção da Covid-19 na Reman, más condições de trabalho e descumprimento de cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho
De acordo com o Sindipetro-AM, paralisação na Reman é por tempo indeterminado (Foto: Reprodução)
O Sindicato dos Petroleiros do Estado do Amazonas (Sindipetro-AM) anunciou paralisação das atividades na Refinaria Isaac Sabbá (Reman) por tempo indeterminado, nesta sexta-feira (5).
A categoria é contra o processo de venda da refinaria e também exige uma série de direitos trabalhistas.
“Nossa pauta é em defesa da vida, uma pauta em defesa da segurança dos trabalhadores dentro do sistema Petrobras. Queremos debater sobre a pandemia da Covid-19 porque, até o momento, a gestão da Petrobras na refinaria de Manaus se nega a dialogar e colocar medidas de proteção”, explicou Marcus Ribeiro, coordenador do Sindipetro-AM.
Os trabalhadores acusam a Reman de desrespeito aos protocolos de prevenção à Covid-19 na refinaria, com falta de testes para os trabalhadores; más condições de trabalho, que vão desde a qualidade da alimentação até ausência de cadeiras para os petroleiros que possuem um regime de trabalho de turno de 12h; e o descumprimento de cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que diz a respeito a movimentação de pessoal na Reman.
De acordo com o ACT, a Petrobrás deve informar, com solicitação prévia, para os sindipetros, a quantidade de efetivo, número de transferência e aposentadorias nas instalações da empresa. E em meio à pandemia, a Petrobrás também deve informar o número de casos de Covid-19 dentro das instalações, determinação que, segundo os petroleiros, não vem sendo obedecida.
Outra reclamação da categoria diz respeito ao baixo efetivo.
“Estamos com efetivo reduzido e isso coloca em risco a vida e a segurança dos trabalhadores. Na nossa concepção, isso é um reflexo da política de precarização para poder acelerar a venda da nossa refinaria e a consequente saída da Petrobras do Estado do Amazonas”, acusou o petroleiro.
A equipe do RealTime1, entrou em contato com a assessoria da Reman para responder as acusações feitas pelo Sindipetro-AM, mas até a publicação desta matéria não houve respostas.
Assim que a reportagem receber o posicionamento da Petrobras, as respostas serão incluídas no texto.
Reportagem: Lucas Raposo
Leia mais: