De acordo com o governador do Amazonas, após a sanção da nova legislação, setor ganha competitividade para atrair novos investimentos em um mercado estimado em R$ 4 bilhões.
Segundo o governador, empresas estão interessadas em se estabelecer no estado (Foto: Reprodução)
Após sancionar a Lei nº 5.420 (Lei do Gás), nesta quarta-feira (17), o governador Wilson Lima (PSC) destacou os ganhos econômicos e sociais que o novo marco legal do serviço de distribuição e comercialização de gás natural poderá trazer ao Amazonas.
A estimativa é que sejam gerados pelo menos 20 mil empregos diretos, em até sete anos, e que a tarifa social do gás prevista na lei beneficie 50 mil famílias. O setor passa a ganhar competitividade para atrair novos investimentos em um mercado estimado em R$ 4 bilhões.
“Esse é um caminho muito significativo que o estado do Amazonas toma, porque nós temos a maior reserva de gás em terra do país e isso tem que ser usado em benefício para o nosso cidadão. O estado do Amazonas foi o primeiro a aprovar, na sua Assembleia Legislativa (ALEAM), a abertura do mercado de gás, e essa é uma lei que está em consonância com a lei aprovada na Câmara Federal”, disse o governador.
O mercado de gás pode vir a ser uma nova alternativa de matriz econômica para o estado, paralela à Zona Franca de Manaus. O Amazonas, que é atualmente o terceiro maior produtor de gás natural no país, tem 16 áreas de exploração situadas em 19 municípios, incluídas em edital de licitação da Agência Nacional de Petróleo (ANP), cuja data de realização ainda não está definida.
Wilson Lima disse que várias empresas já estão interessadas em se estabelecer no estado por conta do novo marco legal. Ele ressaltou, ainda, que o insumo vai garantir segurança energética para diversas atividades.
“Principalmente a indústria da transformação e o polo cerâmico. A questão das olarias, por exemplo, no município de Iranduba, que usam madeira para poder queimar o tijolo”, citou. O gás natural é uma fonte de energia mais limpa que outros combustíveis e mais barata.
Segundo o governador, os impactos da nova lei começam a ser percebidos já no mês que vem.
“A partir de abril já começam a se deslocar as carretas para Roraima, transportando esse gás para fazer funcionar uma térmica (em Jaguatirica). Isso gera ISS (Imposto sobre Serviços) para o município, gera ICMS para o Governo do Estado e gera, também, emprego e renda”, destacou, ao se referir ao transporte da produção de gás da empresa Eneva, do campo de Azulão, em Silves, para o estado vizinho.
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