Presidente do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado prevê que a falta de diálogo com categorias do serviço público causará sucessivas paralisações e greves.
Ministro Paulo Guedes alertou o presidente Bolsonaro sobre o risco de greves. (Foto: Reprodução)
O presidente do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, indica que há dificuldade em negociar demandas do funcionalismo público no atual governo de Jair Bolsonaro (PL), e que houve um desmonte nas políticas de comunicação entre servidores e a cúpula do poder Executivo em Brasília. “Havia um histórico de negociação, uma mesa permanente de negociação”, apontou Rudinei, relembrando de um dispositivo que vinha desde o primeiro mandato de Luís Inácio Lula da Silva (2003-2006) até o governo de Michel Temer (2016-2018).
“Estas mesas de negociação foram implodidas no governo Bolsonaro, e não temos mais este canal de diálogo com o Ministério da Economia”, complementou o presidente da Fonacate .
Com isso, Rudinei acredita que há ânimo e insatisfação suficiente para que os servidores entrem em greve geral nas próximas semanas, motivados pela falta de reajuste salarial que viria desde 2017. A falta de compensação das perdas é uma razão para a manifestação ocorrer – mas Rudinei indica que a própria pandemia apresenta novos tipos de entraves para a paralisação, que igualmente afetarão o governo de Bolsonaro.
A possibilidade de greve no último ano do governo Bolsonaro surgiu após o presidente trabalhar para incluir no Orçamento Geral da União, que estava sendo votado no Congresso, recursos para bancar reajustes salariais somente para as carreiras de policiais federais e policiais rodoviários federais. Diversas outras categorias do funcionalismo se irritaram com a decisão e começaram a trabalhar para a realização de greves ou operações “tartarugas”, com é o caso dos auditores fiscais da Receita Federal.
Texto: Com informações do Congresso em Foco
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