No primeiro mês de comercialização, em Manaus, drogarias e farmácias registram menor procura pelos autotestes. Sindicato atribui baixa demanda à perda do poder aquisitivo.
Drogarias registram baixa procura por autoteste de Covid (Foto: Reprodução)
O Sindicato do Comércio Varejista de Drogas do Amazonas (Sindidrogas-AM) registra baixa demanda pelos autotestes de Covid-19, na capital, no primeiro mês em que os produtos estão disponíveis na cidade. Conforme a entidade, a queda no índice de contaminação, somada à oferta massificada de exames para detecção do vírus, pela rede pública de saúde, acrescida do menor poder de compra do consumidor, afetam as vendas dos instrumentos.
O presidente do Sindidrogas, Alarico Rodrigues de Araujo, afirma que os empresários do segmento de drogarias têm investido na compra de autotestes para oferta no mercado, porém, as expectativas têm sido frustradas por baixa procura pelos produtos. Ele afirma que o segmento também sente os reflexos da crise econômica que afeta diretamente o bolso do consumidor.
“Há um risco de as drogarias ficarem com volume de autotestes estocados. Em março vimos a demanda reduzir em relação a fevereiro deste ano. O índice de contaminação pela Covid-19 reduziu, no estado, e ainda, há uma oferta expressiva de testes para detecção da doença por parte da rede de saúde estadual e municipal. Boa parte da população está desempregada e quando precisa, recorre ao sistema público de saúde para fazer o teste”, relatou o presidente.
Segundo Araujo, o autoteste é comercializado na capital por preço que varia entre R$80 a R$180.
A Rede de Farmácias Pague Menos informou ao longo do mês de março registrou relevante queda na procura por testes de Covid-19, incluindo os autotestes, em relação aos números de janeiro deste ano. O autoteste comercializado pela Pague Menos é fornecido pela fabricante Eco Diagnóstica. O equipamento é vendido por R$59,90.
“Os autotestes chegaram ao mercado quando o pico da terceira onda já estava em queda. Hoje, de cada 100 testes de Covid que vendemos nas nossas lojas, 14 são autotestes”, informou a empresa por meio da assessoria.
O presidente do Sindidrogas também afirmou que por conta da retração, no segmento, o sindicato recebeu comunicados relatando o fechamento de aproximadamente 30 drogarias, no estado, previstos para ocorrerem ao longo do mês de abril.
“Muitas drogarias foram abertas nos últimos meses e há uma concorrência acirrada. Por outro lado, o consumidor tem menos condições de efetuar compras. Se o estabelecimento não vende, não há como manter nenhum negócio. A baixa demanda e o alto custo estão levando as drogarias ao fechamento”, disse.
Texto: Priscila Caldas
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