O custo da cesta básica de alimentos aumentou em junho em nove das 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)
O custo da cesta básica de alimentos aumentou em junho em nove das 17 capitais Foto: Edmilson Tanaka
O salário mínimo ideal para uma família de quatro pessoas conseguir viver deveria ter sido de R$ 6.527,67 em junho de 2022, avaliou o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na mais recente análise sobre o preço dos itens da cesta básica, divulgado nesta quarta-feira (6).
O custo da cesta básica de alimentos aumentou em junho em nove das 17 capitais onde o Dieese realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.
Entre maio e junho, as maiores altas ocorreram no Nordeste, nas cidades de Fortaleza (4,54%), Natal (4,33%) e João Pessoa (3,36%). Oito cidades apresentaram reduções, sendo que as mais expressivas foram registradas no Sul: Porto Alegre (-1,90%), Curitiba (-1,74%) e Florianópolis (-1,51%).
O valor faz com que o salário mínimo atual, de R$ 1.212, seja cinco vezes menor do que o necessário para uma família dar conta de adquirir alimentos como arroz, feijão, café, leite integral e carne bovina de primeira, bem como outros itens e serviços.
De acordo com a pesquisa, entre os produtos cujo preço aumentou em todas as capitais aparece o leite integral com as maiores altas em Belo Horizonte (23,09%), Porto Alegre (14,67%), Campo Grande (12,95%) e Rio de Janeiro (11,09%). No caso da manteiga, as maiores elevações ocorreram em Campo Grande (5,69%), Belém (5,38%) e Recife (3,23%).
Em 15 das 17 capitais o preço do quilo do pão francês subiu, com os maiores percentuais em Belém (10,29%), Salvador (3,36%) e Natal (3,21%). O preço da farinha de trigo, que é coletada no Centro-Sul, teve seu preço elevado em todas as capitais, com destaque para em Brasília (6,64%) e Vitória (5,49%).
O quilo do feijão carioquinha subiu em todas as cidades onde é pesquisado e teve variação entre entre 3,67%, em Belém e 13,74%, em Recife. O preço do quilo do café em pó cresceu em 13 capitais, com as principais altas em São Paulo (4,43%), Belém (3,31%) e Recife (3,31%).
No sentido contrário aparece a batata que apresentou queda de preço em todas as cidades, com as reduções mais expressivas em Campo Grande (-19,60%), Florianópolis (-16,31%) e Belo Horizonte (-14,72%).
Com informações da Agência Brasil
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