Fecomércio afirma que protocolizará manifesto na Anatel na quarta-feira (16) solicitando esclarecimentos e providências quanto às oscilações constantes na rede de internet.
Sem internet, setores econômicos reivindicam prestação do serviço (Foto: Reprodução)
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas (Fecomércio-AM), protocolizará documento na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) solicitando esclarecimentos e providências quanto às oscilações constantes na rede de internet da capital. Em pouco mais de 48 horas, Manaus registrou duas ocorrências de instabilidade no fornecimento do sinal, afetando os diversos segmentos econômicos.
O presidente da Fecomércio-AM, Aderson Frota, afirmou que o manifesto será protocolizado na Anatel na quarta-feira (16). O empresário afirma que no sábado (12) e nesta terça-feira (15) estabelecimentos comerciais foram prejudicados pela falta do sistema, ocasionando perdas nas vendas.
“É absurdo. A pessoa paga por determinada capacidade de internet, mas o que a empresa fornece ou entrega é apenas um terço do contratado. A falta da internet tem prejudicado empresas. É uma falta de responsabilidade com o consumidor”, reivindicou.
De acordo com o presidente da Associação de Motoristas por Aplicativo de Manaus (Ameap), Alexandre Matias, as instabilidades no fornecimento de internet ocasionaram perdas entre 30% e 40% ao setor. Com o sinal instável, as chamadas efetuadas pelo aplicativo solicitando viagens acabam sendo registradas em duplicidade e dois veículos se deslocam para a mesma chamada. Outro problema enfrentado é a perda do trajeto.
“De domingo até esta terça-feira muitos motoristas optaram por não trabalhar porque o sinal de internet não contribui e o motorista fica gastando gasolina sem conseguir faturar. Hoje conversamos com o deputado Dermilson Chagas e pedimos que ele sugira aos demais deputados a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as empresas de internet”.
O Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-AM) notificou a empresa Claro/NET por conta dos apagões de internet ocorridos em Manaus.
No documento, o Procon-AM pede que a empresa responda o número de consumidores afetados pela falta de internet e como será feito o abatimento ao fim do mês do valor correspondente ao período em que o serviço foi interrompido.
A Claro/NET tem, no máximo, dez dias corridos para apresentar resposta. Caso não haja retorno ou se ele for considerado insatisfatório, a empresa poderá ser multada.
Texto: Priscila Caldas
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