Só na capital do Amazonas, por exemplo, 11% das pessoas aptas à vacinação sequer buscaram um dos pontos de imunização; em atraso, são mais de 203 mil.
Só em Manaus são 1.785.793 pessoas aptas a tomarem a vacina contra a Covid-19 (Foto: Divulgação)
Só em Manaus são 1.785.793 pessoas aptas a tomarem a vacina contra a Covid-19, ou seja, têm idade igual a superior a 12 anos. No entanto, além dos 11% que sequer procuraram os postos de vacinação nestes quase nove meses de campanha de imunização, há mais de 203 mil pessoas com o esquema vacinal em atraso, o que pode prejudicar a eficácia dos imunizantes.
O número de faltosos foi repassado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) na última quinta-feira (7), que ainda destrinchou o número pela tipologia do imunizante: CoronaVac, 64.957 pessoas com a segunda dose em atraso; AstraZeneca, são 65.509 com a vacinação atrasada; e Pfizer, que tem 72.540 pessoas com o esquema vacinal incompleto.
Com base nestes números, o #QueroSaber, do RealTime1, saiu às ruas para perguntar da população se estas pessoas, as que estão com a segunda dose da vacina em atraso, deveriam ser penalizadas de alguma maneira.
A maioria dos leitores saiu em defesa da Ciência e afirmou que o cenário pandêmico tem ganhado novos ares com o avanço da vacinação.
“É uma questão de saúde e o brasileiro só aprende quando pesa no bolso”, disse um internauta.
Uma outra leitora destacou que a vacina previne “o coletivo”, lembrando a redução do número de casos de Covid-19 em todo o Amazonas. Outro leitor lembrou ainda da obrigatoriedade em se apresentar o cartão de vacinação para ter acesso a eventos esportivos/culturais.
“A maior penalidade que alguém pode sofrer é a restrição de entrada no lugares que solicitam o cartão de vacina, quando fica impedido de frequentar lugares que gosta como bares e estádios”, falou o webnauta.
Alguns leitores do RealTime1 julgaram “exagero” aplicar sanções para os ‘atrasados’ e, ainda, há quem ainda se posicione de forma negacionista e defenda a tal ‘imunidade de rebanho’ defendida cegamente pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Ainda não temos vacinas contra a Covid-19. O que temos são picadas experimentais criminosas, irresponsáveis. Vacinas só após aprovação no final da fase quatro de estudos. Antes disso, são experimentos em cobaias humanas”, disse um leitor. “Todos temos o livre arbítrio”, completou outro.
Vale lembrar que, neste feriadão, o presidente Jair Bolsonaro foi impedido de assistir a uma partida do Santos na Vila Belmiro por não ter em mãos o cartão de vacinação contra a Covid. Isto porque a entrada nos estádios paulistas está condicionada à apresentação do comprovante de imunização.
Bolsonaro poderia ter se vacinado desde abril, em Brasília, mas não o fez. Ele foi infectado pelo coronavírus em julho de 2020.
Texto: Rosianne Couto
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