sexta-feira, 29 de março de 2024

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PSTU: Frente do PT é um 'projeto piorado' de aliança com o Centrão

As alianças do Partido dos Trabalhadores com Centrão são duramente criticadas pelo PSTU. A sigla não deve coligar com o partido caso haja essa união.
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Frente Única

O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) rejeita, até o momento, as propostas de coligação com o Partido dos Trabalhadores (PT) que promete a criação de uma Frente Única de partidos, de diversas designações políticas, com o objetivo comum de derrotar o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas urnas.

Embora essa decisão ainda dependa de conversações internas no PSTU, há um consenso de que é preciso criar um programa de governo que não privilegie ciclos sociais, o que na visão do presidente do diretório do PSTU no Amazonas, Gilberto Vasconcelos, não será possível com a coligação a partido do Centro do espectro político, como articula o ex-presidente Lula para Eleições de 2022.

“Nós não coligamos com partidos a partir do nome. Nós coligamos quando é visto o programa que o outro partido apresenta. Os partidos até agora estão repetindo a mesma coisa de antes, então, não tem condição da gente discutir uma coligação […] O PT tenta fazer uma coligação com todos os setores sociais e isso não nos agrada. Isso não contempla a classe trabalhadora”, explicou Vasconcelos.

Críticas ao Psol e PCdoB

Além do PT, outras siglas de esquerda foram criticadas pelo presidente do diretório, como o Parido Socialista (Psol), que já sinaliza a integração à proposta petista nacional, apesar da disputa interna no partido que deve dar última palavra se fará ou não parte da Frente Única. As críticas também chegaram ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB) que, segundo ele, tem um frente “amplíssima” por sempre escolher manter privilégios políticos.

“Até mesmo grande parte dos partidos da esquerda pensa mais na sua sobrevivência institucional do que nas necessidades do povo trabalhador e da classe pobre. Com isso a gente não tem acordo”, enfatizou Gilberto.

Segundo turno para presidente

Gilberto é crítico às negociatas petistas com o Centrão. Ele, inclusive, questiona a denominação por ser “pouco científico em termos de política” quando define partidos que não se comprometem com quaisquer lados partidários.

Para o líder do PSTU no AM, o Centrão é “um projeto piorado do que o PT já fez” quando teve Lula na presidência fazendo ajustes políticos.

Por conta do “projeto ditatorial” de Jair Bolsonaro, caso haja um segundo turno entre ele e qualquer outro candidato que indique um plano “democrático” para país, o PSTU deve apoiar o opositor do atual presidente da República. Pelo menos é o que garante Gilberto.

“São hipóteses. Nós vamos ver essa questão na hora certa”, desconversa.

O PSTU aguarda definições das diretrizes partidárias após a realização da Conferência Nacional que tem sido dificultada pela pandemia. O nome que deve ser indicado para concorrer a presidência até o momento é de Vera Lúcia Pereira que concorreu pelo partido em 2018 e à Prefeitura de São Paulo no ano passado.

Texto: Giovanna Marinho

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