Bancada do PSOL considera risco à democracia se 'gabinete do ódio' adquirir ferramenta de espionagem que pode ser usada para perseguir ativistas políticos e jornalistas.
Para os parlamentares do PSOL, o foco das investigações deve ser o vereador do RJ, Carlos Bolsonaro (Foto: Sérgio Lima/AFP)
A bancada do PSOL na Câmara enviou ao Ministério Público Federal (MPF) um requerimento para que o órgão investigue o suposto interesse do ‘gabinete do ódio’, grupo que atua no Palácio do Planalto, por uma ferramenta de espionagem chamada DarkMatter, que poderia ser usada contra jornalistas e opositores do governo nas eleições deste ano.
Os parlamentares da oposição consideram o dispositivo como um risco à democracia no Brasil, afirmam que o governo federal tem viés autoritário e um “histórico de perseguições” a inimigos internos e pedem que as “instituições atuem para frear o viés antidemocrático do governo Bolsonaro”.
Para o grupo, o foco das atenções é o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Segundo reportagem do UOL, um integrante do “gabinete do ódio” teria manifestado interesse por um programa chamado DarkMatter em uma feira de tecnologia em Dubai em novembro do ano passado. Essa pessoa, cujo nome não foi revelado, representaria extraoficialmente o vereador filho de Bolsonaro.
A DarkMatter foi criada por uma empresa dos Emirados Árabes Unidos e oferece aos governos um software que permite espionar elementos criminosos, como grupos terroristas e cartéis de traficantes, mas também ativistas e jornalistas.
Os parlamentares querem ter acesso às agendas de cada um dos integrantes da delegação brasileira que estiveram em Dubai naquela ocasião e detalhes do o encontro entre o representante brasileiro e a DarkMatter.
Segundo a Anistia Internacional mais de 50 mil pessoas já foram alvos de espionagem por clientes da empresa israelense Pegasus, que oferece serviço semelhante ao DarkMatter.
Com informações do Estadão Conteúdo
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