quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Contratos realizados pela ManausCult são questionados por vereador

A dispensa de licitação envolve três empresas. Órgãos de controle e fiscalização foram acionados para investigar contratos da gestão de Alonso Oliveira na ManausCult.
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Contratos de Alonso Oliveira, na gestão de David Almeida, são alvos de denúncias

Nesta quinta-feira (21), o RealTime1 questionou a Prefeitura de Manaus sobre processos licitatórios da Fundação Municipal de Cultura Turismo e Eventos (Manauscult) expostos na última terça-feira (19), pelo vereador Elissandro Bessa (Solidariedade), na Câmara Municipal de Manaus (CMM).

O parlamentar diz que a denúncia, feita por alguns artistas de Manaus que foram até o seu gabinete, relata que a pasta estaria usando o decreto de calamidade pública, em virtude da pandemia de Covid-19, para fazer compras diretas, dispensando processo licitatório para contratação de serviços.

Contratos somam quase R$ 2 milhões

Conforme denúncia apresentada pelo parlamentar, os contratos somam aproximadamente R$ 2 milhões e envolvem três empresas: a UP Fest Organização de Eventos Ltda; a MF Produções Artísticas e Eventos Ltda ME e a Barra de Som Sistemas de Áudio Ltda – EPP, todas, segundo o vereador, realizadas de forma eletrônica.

Procurada pelo RealTime1, a Prefeitura de Manaus diz que a dispensa de licitação busca “tão somente atender a situação emergencial em que se encontra a ManausCult, com contratação que terá vigência por apenas 90 (noventa) dias, até que os processos licitatórios, que estão em fase de licitação desde julho/2021, estejam concluídos e homologados”.

Vereador solicitou cópias dos contratos

Bessa conta que, ao tomar conhecimento do ato, encaminhou imediatamente ofício à ManausCult solicitando cópias de todos os processos envolvidos na denúncia.

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Segundo o parlamentar, são denúncias fortes contra o diretor-presidente da ManausCult, Alonso Oliveira, que assumiu a pasta na gestão do prefeito David Almeida (Avante) após não ter sido reconduzido à CMM nas eleições de 2020.

Ainda segundo Bessa, também há indagações quanto às licitações lançadas, concluídas e que posteriormente foram canceladas pela Manauscult para realização de novos contratos de forma direta.

Ao RealTime1, a Prefeitura de Manaus destacou que “todos os requisitos exigidos pela Lei 8.666/93 estão sendo atendidos pela ManausCult nos processos de contratação no período de calamidade pública”.

Prefeitura garante não haver irregularidades

A pasta ressaltou, por meio de nota enviada ao RealTime1, que “a situação emergencial, considerando o volume grande de demanda de estrutura que atende não só eventos, como também as inúmeras ações realizadas pela Prefeitura como um todo, demanda estrutura como: tendas, palco, som, etc…”.

Por esse motivo, o poder público municipal destaca que “a urgência de atendimento, encontra-se atendida devido às necessidade de apoio direto da Manauscult nas ações da Prefeitura como um todo”.

A Prefeitura salienta, ainda, que a dispensa de licitação deve ser realizada somente para atender às necessidades emergenciais, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias. Nesse sentido, a Prefeitura informa que a “contratação possui prazo de execução de 90 (noventa) dias a contar do recebimento da Nota de Empenho, ou seja, dentro do prazo legal”.

Vereador pede atuação dos órgãos de controle e fiscalização

Bessa foi ao Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público de Contas (MPC) e encaminhou oficialmente documento solicitando que os órgãos realizem investigação referente à denúncia relatada pelos artistas.

“Agora vou aguardar os órgãos fiscalizadores se manifestarem e ficarei atento a todos os contratos celebrados pela Manauscult”, informou o vereador.

Texto: Isac Sharlon

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