Além de um numeroso grupo de candidatos leais a Bolsonaro e alinhados ao ideário do atual presidente, o PL deve chamar a atenção durante as eleições pela composição eclética.
Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal em 2021 (Foto: Reprodução)
O PL chegará às eleições de outubro deste ano não só como a nova “casa” do bolsonarismo mas também como um partido que tem em suas fileiras candidatos com perfis distintos entre si. Destacam-se, por exemplo, o comediante Tiririca, o pastor Marco Feliciano e o policial militar e líder da bancada da bala na Câmara, Capitão Augusto —todos eleitos deputados por São Paulo em 2018.
Fortalecida pela filiação do presidente, e provável candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, a agremiação do “centrão” disputará o pleito em condições de se tornar a maior bancada na Câmara dos Deputados.
Chefiado por Valdemar Costa Neto, condenado e preso no mensalão, o PL atualmente tem 43 parlamentares na Câmara (perdendo em número de deputados apenas para o PT, com 53, e para o PSL, com 55). Na próxima eleição, quer obter de 50 a 70 das 513 cadeiras da Câmara federal, segundo projeções da cúpula partidária.
Além de um numeroso grupo de candidatos leais a Bolsonaro e alinhados ao ideário do atual presidente, o PL deve chamar a atenção durante as eleições pela composição, no mínimo, eclética.
Essa é uma característica que pode, de acordo com avaliações internas, ajudar a obter votos fora do espectro político conservador e de extrema-direita —onde o atual presidente da República já possui prevalência.
Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca — ex-palhaço que ganhou fama como cantor e com participações em programas humorísticos na TV—, tende a atrair o chamado “voto popular”. Em 2010, ano em que foi eleito pela primeira vez, o então candidato teve 1,3 milhão de votos em São Paulo e foi, na ocasião, o deputado mais votado do país.
Marco Feliciano, que é aliado a Bolsonaro, mas possui carreira política consolidada antes da ascensão do atual presidente, tem diálogo ativo com o eleitorado evangélico. O político é pastor e considerado uma liderança para parte dessa parcela da sociedade. No total, o PL tem mais de dez nomes que formam a Frente Parlamentar Evangélica e a maioria deve concorrer à reeleição.
Além de Marco Feliciano, outros dois deputados do PL que são lideranças evangélicas ante as bases eleitorais são Pastor Gil (MA) e Lincoln Portela (MG).
Outro segmento que possui forte incidência no Partido Liberal é o da segurança pública. A Frente Parlamentar da Segurança Pública, conhecida como a “bancada da bala”, é liderada pelo deputado federal Capitão Augusto e tem ao menos outros 30 correligionários em sua formação.
Policial militar assim como Capitão Augusto, a deputada Kátia Sastre (PL-SP) foi eleita após se tornar conhecida por reagir a um assalto em frente à escola onde a filha, então com sete anos, estudava e matar o assaltante em Suzano, em 2018.
Fonte: Portal UOL
Leia Mais: