Ao comentar decisão que libera a AM Energia a instalar medidores, Sinésio afirma que os aparelhos são vergonhosos e que não vai deixar a empresa livre para cometer abusos.
Sinésio disse ainda que já tem uma vasta documentação que prova supostas irregularidades na prestação do serviço da Amazonas Energia (Foto: Reprodução)
Durante seu pronunciamento na manhã desta quinta-feira (19), na tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o deputado estadual Sinésio Campos (PT), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Amazonas Energia fez, mais uma vez, duras críticas à concessionária de energia.
”Eu não vou dar mole para essa empresa”, disse o deputado ao comentar uma decisão judicial que, na opinião dele, beneficiou à companhia.
A decisão na qual Sinésio refere-se é a que revoga a proibição da instalação de novos medidores de consumo de energia elétrica no Estado, por parte da Amazonas Energia. A nova medida foi determinada pelo juiz Manuel Amaro de Lima, da 3ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho do Amazonas.
O magistrado considerou o resultado de perícia do Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas (Ipem-AM) em 57 equipamentos.
Sinésio disse estar preocupado com a decisão do magistrado.
”Eu vejo que essa decisão foi precipitada. A sociedade disse ‘não’ a esses medidores. Essa empresa acha que os consumidores do Amazonas são gateiros [sic]”, completou. Sinésio justificou sua fala pelo fato do número de aparelhos periciados e dentro das normas ter sido muito baixo em relação ao total de medidores.
”Com essa decisão a concessionária de energia está autorizada a continuar a instalação de novos medidores na capital amazonense […] é bom que se diga que a Amazonas Energia colocou um medidor aéreo no Parque 10 e em partes da Cidade Nova, em torno de 13 mil medidores. Esses 13 mil foram periciados pelo Ipem que identificou que desse total apenas 57 apresentaram regularidade”.
O presidente da CPI chamou os medidores de ”vergonhosos”.
”Essa empresa quer instalar esses medidores aéreos vergonhosos que só tem na periferia mais paupérrima da África e em uma cidade do Rio de Janeiro por conta que alegam que não podem entrar pra fazer a leitura”.
O parlamentar disse ainda que já tem uma vasta documentação que prova supostas irregularidades na prestação do serviço da Amazonas Energia.
”Eu tenho até dia 24 [de maio] para fazer a entrega de toda a farta documentação de abusos e irregularidades. Eu não vou dar mole para essa empresa, uma empresa mal administrada que desrespeita a população. Este parlamento não vai aceitar essa vergonha dessa empresa que presta um desserviço”, disparou.
Texto: João Luiz Onety
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