O aplicativo TrateCov foi lançado em Manaus por médicos trazidos pelo Ministério da Saúde para distribuir medicamentos do kit Covid enquanto Manaus precisava de oxigênio.
Mayra Pinheiro, a Capitã Cloroquina, comandou uma equipe de médicos que lançaram o TrateCov em Manaus. (Foto: Reprodução)
O empresário Luciano Hang negou, em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19 do Senado Federal, nesta quarta-feira (29), que tenha patrocinado ou conhecido o aplicativo TrateCov antes dele ter sido lançado em Manaus, no auge da pandemia da doença em janeiro deste ano.
Desenvolvida pelo Ministério da Saúde, a ferramenta TrateCov foi usada para a prescrição de medicamentos do chamado “tratamento precoce” contra a covid-19, composto por medicamentos sem eficácia contra a Covid-19, como Hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina.
Hang admitiu, no entanto, ter realizado “entrevistas” durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais dele com as médicas Helen Brandão e Luciana Cruz, que participaram do lançamento do programa no Amazonas. No vídeo as duas médicas, que trabalhavam para a Prevent Senior, elogiam o TrateCov.
“As pessoas que foram para Manaus são médicas, e eu sou comerciante. Tive participação zero (no lançamento do TrateCov”, garantiu o empresário, que segue sendo interrogado na CPI da Covid.
Antes de iniciar o depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19 do Senado, entretanto, o advogado do empresário Luciano Hang, Beno Brandão, informou que o cliente não assinaria o termo com o compromisso de dizer a verdade perante à CPI. Portanto, não se sabe se falou a verdade sobre o TrateCov.
Beno Brandão argumentou que Hang se encontra na condição de investigado e que o termo seria destinado a testemunhas. Randolfe Rodrigues (Rede-AP) reiterou que a defesa do empresário tinha razão e o termo não foi assinado pelo depoente.
Texto: Gerson Severo Dantas, com informações da agência Senado
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