Empresário Luciano Hang negou que seja negacionista, disseminador de desinformação ou que tenha integrado o gabinete paralelo de aconselhamento de Bolsonaro.
Luciano Hang começou a depor na CPI, mas se recusou a assinar o termo de compromisso para falar a verdade (Foto: Reprodução)
Antes de iniciar o depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19 do Senado, nesta quarta-feira (29), o advogado do empresário Luciano Hang, Beno Brandão, informou que o cliente não assinaria o termo com o compromisso de dizer a verdade perante à CPI.
Beno Brandão argumentou que Hang se encontra na condição de investigado e que o termo seria destinado à testemunha. Randolfe Rodrigues (Rede-AP) reiterou que a defesa do empresário tinha razão e o termo não foi assinado pelo depoente.
Na fala inicial, Hang pediu que respeitassem a memória da mãe dele, Regina, morta no hospital da Prevent Senior, citada em depoimentos na CPI.
O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD), respondeu que não foi a CPI que trouxe o nome de Regina para o debate político. “Já perdi a mãe, meu irmão por Covid, e não permitiria que isso acontecesse aqui. Mas quero lembrar que foi o senhor mesmo que fez um vídeo citando que ela não fez tratamento precoce. Foi o senhor, Hang, que trouxe o nome da sua mãe para o debate”, advertiu Omar.
Hang prometeu falar sobre o vídeo ao longo do debate, negou que seja um negacionista da ciência, financiador de desinformação (fake news) ou que tenha integrado o gabinete paralelo de aconselhamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Texto: Gerson Severo Dantas
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