Presidente do Tribunal Superior Eleitoral afirmou, no início da sessão desta quinta-feira, que o presidente vive de retóricas vazias e que o povo já sabe quem é o farsante.
Luís Roberto Barroso fez uma dura resposta aos ataques feitos pelo presidente durante as manifestação chamadas para o Dia da Independência (Foto: Reprodução)
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, deu uma resposta dura, nesta quinta-feira (9), aos discursos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nos atos pró-governo e antidemocráticos no 7 de Setembro.
“Todas as pessoas de bem sabem que não houve fraude [nas últimas eleições] e quem é o farsante nessa história”, afirmou Barroso, numa clara referência ao presidente
“O presidente da República repetiu, incessantemente, que teria havido fraude na eleição na qual se elegeu. Disse eu, então, à época, que ele tinha o dever moral de apresentar as provas. Não apresentou. Continuou a repetir a acusação falsa e prometeu apresentar as provas. Após uma live que deverá figurar em qualquer futura antologia de eventos bizarros, foi intimado pelo TSE para cumprir o dever jurídico de apresentar as provas, se as tivesse. Não apresentou”, relembrou o magistrado.
“É tudo retórica vazia. Hoje em dia, salvo os fanáticos (que são cegos pelo radicalismo) e os mercenários (que são cegos pela monetização da mentira), todas as pessoas de bem sabem que não houve fraude e quem é o farsante nessa história”, prosseguiu o ministro da Suprema Corte.
Além de atacar ministros do Supremo Tribunal Federal, de forma especial o ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro discursou na terça-feira contra o sistema eleitoral do país, na qual alegou não fornecer qualquer confiança para os cidadãos, e pediu contagem pública de votos.
Durante a abertura da sessão plenária de julgamento desta quinta-feira, Barroso rebateu todas as alegações do presidente da República sobre o sistema eleitoral e explicou, detalhadamente, os conceitos de populismo, extremismo e autoritarismo. “O slogan para o momento brasileiro, ao contrário do propalado parece ser: ‘Conhecerás a mentira, e a mentira te aprisionará’”, disparou o ministro do STF.
Com informações do portal Metrópoles
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