Falta de insumos leva pacientes com Covid-19, cujos quadros são considerados moderados, para tratamento fora de Manaus. A iniciativa é fruto de parceria entre Governos.
Data do início dos embarques ainda não foi divulgada, pela Assessoria de Comunicação do Governo. (Foto: divulgação)
Com a falta de oxigênio hospitalar para atender a demanda dos pacientes diagnosticados com a covid-19 em Manaus, os governos do Amazonas e Federal lançaram, nesta quinta-feira (14), um Plano de Cooperação que vai fazer com que os doentes sejam tratados fora do estado.
Com o apoio de outros cinco estados brasileiros, para o transporte aéreo e tratamento, num primeiro momento, de 235 pacientes acometidos pela Covid-19, cujos quadros clínicos são considerados moderados.
“Estamos no momento mais crítico da pandemia. Algo sem precedentes no estado do Amazonas, em que enfrentamos muitas dificuldades em conseguir insumos. A principal dificuldade atualmente tem sido a aquisição de oxigênio”, destacou o governador do Amazonas, Wilson Lima.
Sem afirmar a data da viagem, o Governo do Amazonas informou que cem pacientes serão transferidos para hospitais da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), no Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Goiás e Distrito Federal, além de mais 100 para a rede estadual de saúde de Goiás.
O secretário de Estado da Saúde, Marcellus Campêlo, destacou que, na noite da última quarta-feira (13), a empresa fornecedora da maior parte dos gases medicinais à rede pública estadual oficializou “dificuldades em relação à execução do plano logístico para a entrega de insumos e a alta demanda que vinha ocorrendo” na rede pública de saúde.
“Os governos e as Forças Armadas começaram a trabalhar para o apoio logístico e a entrega de oxigênio. Mas, tivemos um pico e um aumento da demanda acima do esperado”, explicou. O aumento expressivo ocorreu entre os dias 1º e 12 deste mês.
De acordo com o secretário, entre os meses de março e maio, houve um consumo máximo 30 mil metros cúbicos/dia. Hoje, são mais de 76 mil, um acréscimo de 160%.
O secretário de Atenção Especializada do MS, coronel Luiz Otávio Franco Duarte, destacou que o transporte dos pacientes será feito de forma coordenada, com apoio assistencial de pelo menos duas equipes de saúde.
Em um primeiro momento, a empresa Gol Linhas Aéreas dará o suporte, mas outras empresas poderão ser contratadas no decorrer do plano.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também está auxiliando no fornecimento de material a ser utilizado no transporte.
“São pacientes que ainda continuam dependente do oxigênio, mas eles têm toda a segurança para serem aerotransportados. É muito importante entender que o paciente do Amazonas que subir na aeronave terá toda a segurança e assistência.”, garantiu.
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