sexta-feira, 29 de março de 2024

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Bolsonaro tem 'orçamento paralelo' para aliados do Congresso

Segundo o 'Estadão', em um primeiro momento nenhum dos parlamentares reconheceu participar do esquema. Após serem confrontados com os ofícios, reconheceram os pedidos.
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Congresso
O presidente Jair Bolsonaro lançou o Plano AgroNordeste, que visa impulsionar o desenvolvimento econômico e social sustentável do meio rural da região. O programa é uma parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e será implantado no biênio 2019/2020 em 230 municípios dos nove estados do Nordeste, além de Minas Gerais, divididos em 12 territórios, com uma população rural de 1,7 milhão de pessoas. Brasilia, 01-10-2019. Foto: Sérgio Lima/PODER 360

O governo de Jair Bolsonaro seria o responsável por liberar verbas para emendas parlamentares a aliados no Congresso Nacional, em um esquema de ‘Orçamento paralelo’ que teria movimentado R$ 3 bilhões desde o final do ano passado. As afirmações são do jornal ‘O Estado de S. Paulo .

Segundo o jornal, por meio de ofícios encaminhados principalmente ao Ministério do Desenvolvimento Regional, os parlamentares indicavam à pasta onde gostariam de alocar valores, em montantes muito superiores aos R$ 8 milhões que tem direito anualmente em emendas parlamentares.

O ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), teria direito a R$ 277 milhões, 34 vezes o seu valor anual, segundo reportagem. Também são citados os nomes dos deputados Vicentino Junior (PL-TO), Otávio Nascimento (SD-RR), Bosco Saraiva (SD-AM), Lúcio Mosquini (MDB-RO) e da ex-deputada Flávia Arruda (PL-TO), hoje ministra-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, responsável justamente pela articulação com o Congresso.

Os ofícios mostram que deputados e senadores aliados do governo tinham como proposta preferencial alocar recursos em locais como a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), para que a estatal liberasse, com mais facilidade, valores para a conclusão de obras e para a aquisição de máquinas como tratores, caminhões-pipa e escavadeiras. Nem sempre os valores iam para seus redutos eleitorais . Em alguns casos, aponta a reportagem, tratores eram adquiridos por valores 259% acima do valor de mercado.

Tais pedidos mostrariam um controle maior que o imaginado de parlamentares do Centrão sobre o orçamento da União, uma vez que caberia apenas ao ministro da pasta, Rogério Marinho, organizar a destinação dos recursos.

Segundo o ‘Estadão’, em um primeiro momento nenhum dos parlamentares reconheceu participar do esquema. Após serem confrontados com os ofícios, reconheceram os pedidos.

Fonte: Congresso em Foco

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