sexta-feira, 29 de março de 2024

faça parte da Comunidade RT1

Pesquisar
Close this search box.

Adjuto critica Hissa e pede um PDT mais forte para a eleição 2022

Único deputado do PDT na Assembleia Legislativa, Adjuto Afonso sugere mudanças na direção do partido no Amazonas, hoje exercida pelo ex-deputado federal Hissa Abrahão.
COMPARTILHE
Adjuto

O deputado estadual Adjuto Afonso (PDT) criticou, nesta quinta-feira (11), o presidente do Diretório Estadual do partido, o ex-deputado federal Hissa Abrahão, e defendeu que a sigla tenha uma nova postura para a eleição do próximo ano. “O PDT é um partido grande, tem história, é o partido de Brizola (Leonel), mas aqui no Amazonas está pequeno, quase sem representatividade”, avaliou, acrescentando que nos Estados da Região Norte somente no Amazonas o PDT tem baixa representatividade nos parlamentos.

Adjuto Afonso avalia que, devido a reforma eleitoral aprovada na Câmara Federal em setembro, o PDT precisará atrair nomes fortes para formar uma chapa com grande potencial de votos se quiser eleger alguém. “É isso que não temos no momento, não conseguimos atrair bons nomes porque não passamos segurança de que cumpriremos nossa parte”, disse, citando como exemplo o nome do ex-deputado Luiz Castro (Rede). “Poderíamos ter o Luiz no partido, ele tem muito voto no interior, poderia estar conosco, mas ele não tem confiança no nosso projeto”, disse.

A reforma eleitoral a qual o deputado se refere acabou com as coligações e redefiniu os porcentuais de votos que cada partido terá de obter para eleger um parlamentar, tornando a eleição muito mais difícil.

Passado complicado

Adjuto criticou Hissa por escolhas que considerou erradas no passado e que poderão ser repetidas nas próximas eleições. Ele lembrou que em 2018, quando o ex-governador Amazonino Mendes disputava a reeleição pelo PDT, Hissa facilmente se elegeria deputado federal, mas na última hora optou por disputar uma vaga no Senado.

Nessa mexida ele irritou Amazonino, que apoiava na época a candidatura do ex-prefeito Alfredo Nascimento (PL) e acabou saindo do PDT, complicando a vida do delegado federal Wesley Aguiar, então candidato do partido ao Senado e deslocado para a disputa de deputado federal. “Agora ele está falando em ser candidato ao Governo do Estado, não sei…ele muda toda a hora”, criticou.

Sobre o interesse em assumir a presidência do PDT no Amazonas, Adjuto Afonso disse que isso não está em seus planos e que acertou com o presidente nacional do partido, Carlos Luppi, que o presidente não poderá ser candidato a nenhum cargo eletivo. “Se o presidente for candidato, óbvio que alguém vai dizer que ele puxou a sardinha pro lado dele.”

O outro lado

Ao RealTime1, Hissa Abrahão considera que a missão do momento é construir um bom palanque no Amazonas para o presidenciável Ciro Gomes e acrescenta que a ajuda de Adjuto Afonso neste sentido será muito importante e bem vinda. “Fico feliz em saber que o deputado quer ajudar o PDT nessa missão, de tornar o partido forte, inclusive com a filiação de aliados dele no interior, onde me parece que ele tem um irmão prefeito. Será muito bom filiar estes quadros”, respondeu Hissa.

Sobre a vinda do presidente Carlos Luppi, em dezembro, Hissa disse que se trata de um trabalho rotineiro o de visitar os diretórios estaduais, organizar os palanques e as alianças mas, se for o caso, ele até abre mão da presidência do PDT amazonense para a construção de um partido forte e competitivo nas eleições. Hissa também confirmou que será candidato, mas ainda não está definido se a deputado estadual ou federal.

Texto: Gerson Severo Dantas

Leia mais:

COMPARTILHE
MAPA DA DESIGUALDADE