Menor taxa de juros e crédito facilitado impulsionam mercado imobiliário no Amazonas e região Norte. Porém, aumento no preço do insumo e risco de desabastecimento preocupam.
Demanda por imóveis novos é crescente no Amazonas. (Foto: Reprodução)
Dados dos Indicadores Imobiliários Nacionais, divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), apontam que no último trimestre de 2020 a região norte teve incremento de 9,7% no quantitativo de lançamentos e crescimento de 50% no número de unidades residenciais vendidas, todos comparados a igual período de 2019.
O percentual de unidades residenciais comercializadas teve resultado superior ao índice nacional que foi de 9,8%. Nas demais regiões do país, o número de lançamentos teve queda de 17,8%, na comparação com o ano anterior.
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon-AM), Frank Souza, a menor taxa de juros e o crédito facilitado impulsionam o mercado imobiliário no Amazonas e na região Norte.
“2020 foi um ano histórico de maior acessibilidade ao crédito e redução de juros, favorecendo a aquisição do imóvel. Iniciamos 2021 com boas perspectivas para o mercado”, disse o presidente.
Conforme a pesquisa, ainda que a economia apresente resultado positivo, o aumento expressivo no preço dos insumos e o risco de desabastecimento de material de construção põe a continuidade dos trabalhos em risco.
O presidente do Sinduscon informa que devido a pandemia as indústrias reduziram o ritmo de produção.
Isso, somado ao reajuste de preços, por conta da inflação, e às dificuldades logísticas para o Amazonas, formam um conjunto de fatores prejudiciais ao setor.
“Os preços aumentaram de 15% a 20% se computados a cesta de insumos na Indústria da Construção em geral no estado do Amazonas. Ressalto que temos a logística mais cara da região Norte, muitas vezes não computadas na tabela de preços SINAPI que é nacional”, informou. “O aumento de preços e o desabastecimento também contribuem para o atraso na entrega de obras e influencia na velocidade de produção”, completou.
Reportagem: Priscila Caldas
Leia mais: