Em um dia, foram 5 mil rescisões. De acordo com a Abrasel, empresas não estão pressionando por reabertura, mas sim por medidas econômicas voltadas à manutenção dos empregos.
Afetado pela pandemia, setor segue em demissão em massa. (Foto: Reprodução)
Com as portas fechadas há mais de 30 dias, as empresas do segmento de alimentação fora do lar preveem a homologação de cerca de 10 mil demissões nos próximos dias. Somente nesta segunda-feira (8), o sindicato do setor efetivou cinco mil rescisões contratuais.
O número representa 12,5% dos quase 80 mil empregos diretos que o setor tinha até o fim de 2020.
A gerente executiva da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes-Seccional Amazonas (Abrasel-AM), Gizelly Rebelo, explica que somente a implantação ou a continuidade de medidas econômicas voltadas à manutenção dos empregos e subsistência das empresas poderia auxiliar a continuidade dos empreendimentos.
“O objetivo não é reabrir os estabelecimentos porque entendemos a gravidade da pandemia que atinge o Estado. Queremos ajuda para o setor. Em 2020, conseguimos manter os funcionários com o auxílio do Governo Federal. Mas, esse ano ainda não tivemos qualquer subsídio e com as portas fechadas, como continuaremos pagando? ”, indagou.
De acordo com a gerente, a Abrasel-AM já enviou cartas apresentando alternativas de medidas econômicas aos representantes das três esferas do Poder Público. O setor aguarda resposta.
“Propomos alternativas como a isenção de impostos e a suspensão de contratos de trabalho. A adoção de medidas, pelo menos ao Amazonas, onde a pandemia está mais severa, contribuiria para a manutenção dos empregos e das empresas”, defende.
Por meio de nota o Ministério da Economia informou que a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho (SEPRT) estuda um novo modelo para o Programa Emergencial Manutenção do Emprego e Renda (BEm) para todo o País. Porém, o Ministério não informou a previsão para a implantação do programa.
Reportagem: Priscila Caldas
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