Trabalhadores das empresas PAM Plásticos e Tutiplast Indústria e Comércio iniciaram os trabalhos uma hora após o horário de início de expediente.
Sem acordo na CCT, trabalhadores do setor plástico acendem alerta de greve (Foto: Divulgação)
Trabalhadores da indústria de material plástico acenderam alerta de greve nesta quarta-feira (1º) e decidiram interromper os trabalhos pelo período de uma hora, em todos os turnos. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Material Plástico de Manaus (Sindiplast), a medida será adotada até o fim de dezembro, ou até o sindicato patronal atender à reivindicação dos reajustes para o fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2021-2022.
Os trabalhadores pleiteiam reajustes de 100% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), 3% de aumento real e piso salarial de R$1.680,70. O valor atual é de R$1.487,35. A data-base da categoria é em janeiro.
Após algumas reuniões, sem acordo, entre os sindicatos patronal e laboral, os trabalhadores decidiram interromper a produção como alerta de greve.
Segundo o presidente do Sindiplast, Francisco Brito, o movimento reivindicatório iniciou na terça-feira (30). Funcionários das empresas PAM Plásticos e de uma unidade da Tutiplast Indústria e Comércio Ltda iniciaram os trabalhos uma hora após o horário de início do expediente.
Brito relata que a suspensão dos trabalhos vai ocorrer a cada dia em fabricantes diferentes, uma espécie de rodízio entre as 104 empresas associadas ao sindicato. Ele também disse que caso os empresários sigam resistentes ao atendimento aos pleitos a categoria vai manter o alerta de greve até o fim de dezembro, com deflagração de greve em janeiro.
“O movimento é um alerta. Se não houver acordo com o sindicato patronal a categoria vai parar a partir de janeiro. O que se pede é a reposição do INPC em 100%. A perda salarial é inaceitável”, disse Brito.
Representando as empresas, o diretor do Sindicato da Indústria de Material Plástico de Manaus (Simplast), Paulo Abreu, informou que as negociações estão em andamento com expectativa de fechamento até o fim do mês. Ele disse que o sindicato só vai emitir qualquer parecer após o fechamento das negociações.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM), Valdemir Santana, informou à reportagem do Real Time 1 que algumas fabricantes decidiram demitir parte do quadro laboral no último mês do ano sob a justificativa de falta de componentes para dar continuidade à produção e ainda, a falta de aprovação de projetos por parte da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
Santana disse que não poderia informar os nomes das fabricantes que tentam demitir porque o sindicato está em negociação com as empresas, na tentativa de manter os trabalhadores.
Texto: Priscila Caldas
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