sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Sem componentes, Volkswagen poderá parar produção total no país

A escassez mundial de semicondutores compromete da fabricação de automóveis e consequentemente, a distribuição de veículos. Volkswagen e GM afirmam distribuição normalizada.
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A Volkswagen do Brasil prevê agravamento no desabastecimento mundial de semicondutores, nas próximas semanas. A empresa confirmou a possibilidade de interrupção nas operações da única unidade que permanece com as montagens ativas, em Taubaté (SP), o que impacta diretamente no fornecimento de veículos a todos os estados, inclusive ao Amazonas.

A informação foi repassada após a fabricante suspender, por dez dias a partir de segunda-feira (21), operações nas unidades instaladas em São Bernardo do Campo e São Carlos, em São Paulo, e em São José dos Pinhais, no Paraná.

“O cenário atual não demostra o encaminhamento para uma solução definitiva visando à normalização do fornecimento de chips. Ao contrário, há sérios riscos de agravamento dessa situação nas próximas semanas. Novas paralisações não estão descartadas caso o cenário global de fornecimento de semicondutores permaneça crítico, impactando diretamente as atividades de produção da empresa no Brasil”, cita a empresa em resposta ao Real Time1.

Distribuição se mantém normalizada, diz montadora

Apesar de apenas uma unidade da empresa permanecer em operação, a Volkswagen afirma que “a distribuição de veículos para todas as regiões do Brasil se mantém normalizada”. Porém, o Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Estado do Amazonas (Sincodiv-AM), afirma que atualmente clientes interessados em adquirir veículos novos, de qualquer marca, são informados que o recebimento do automóvel é previsto somente para o mês de setembro deste ano.

“As fabricantes informaram que a previsão é que em agosto a produção normalize, paulatinamente. O mercado está aquecido, mas não há oferta. com a paralisação das fabricantes e redução de turnos, a situação se agrava ainda mais”, avaliou.

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General Motors também afirma manter fornecimento normalizado

Conforme a General Motors (GM), o fornecimento de veículos ao Amazonas segue em ritmo normal mesmo em meio à crise global de componentes.

A GM ainda ressaltou que o cronograma de produção tem sido afetado, mas que trabalha para retomar a produção com brevidade.

“A cadeia de suprimentos da indústria automotiva na América do Sul tem sido impactada pelas paradas de produção durante a pandemia e pela recuperação do mercado mais rápida que o esperado. Isso está afetando de forma temporária nosso cronograma de produção no Brasil. Estamos trabalhando com nossos fornecedores para mitigar esse impacto e retomar a produção o mais rápido possível”, informa a GM.

A reportagem também tentou contato com a Hyundai Motor Brasil, mas até o fechamento da edição não obteve resposta.

Leia resposta da Volkswagen do Brasil na íntegra:

“Uma escassez significativa de capacidades de semicondutores está levando a vários gargalos de fornecimento em muitas indústrias globalmente (telecomunicação, computação, eletroeletrônicos e smartphones). Isso também gerou problemas no abastecimento da indústria automotiva ao redor do mundo desde a virada do ano. O resultado são adaptações em toda a indústria na produção de automóveis, o que também afeta as marcas do Grupo Volkswagen.

Nos últimos meses, o time da Volkswagen do Brasil tem trabalhado intensamente, em parceria com a matriz e fornecedores, para minimizar os efeitos da escassez de semicondutores para a produção em suas fábricas no Brasil. Entretanto, o cenário atual não demostra o encaminhamento para uma solução definitiva visando à normalização do fornecimento de chips. Ao contrário, há sérios riscos de agravamento dessa situação nas próximas semanas.

Com base nisso, a Volkswagen do Brasil comunica a paralisação das operações de suas áreas produtivas nas fábricas de São Bernardo do Campo e São Carlos, no Estado de São Paulo, e de São José dos Pinhais, no Estado do Paraná, a partir de 21 de junho, pelo período de 10 dias.

Novas paralisações não estão descartadas futuramente caso o cenário global de fornecimento de semicondutores permaneça crítico, impactando diretamente as atividades de produção da empresa no Brasil”.

Texto: Priscila Caldas

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