sábado, 18 de maio de 2024

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Wilson Lima contradiz Pazuello e diz que avisou sobre falta de oxigênio

Em entrevista à imprensa, governador afirmou que informou ao Ministério da Saúde assim que a White Martins avisou que teria problemas com a falta de oxigênio.
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oxigênio

Na inauguração da enfermaria de campanha do Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz, realizada nesta quarta-feira (27), o governador Wilson Lima afirmou que o Governo Federal foi avisado sobre a falta de oxigênio que assolaria Manaus no último dia 14 deste mês.

A fala do governador contraria o que vem sendo dito pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

O ministro tem afirmado para a imprensa nacional que o Governo Federal não foi avisado sobre o problema.

“Todas as situações que nós estávamos passando aqui em Manaus foram comunicadas ao Ministério e aos órgãos de controle, inclusive quando a gente teve a primeira sinalização de que teríamos problemas com o oxigênio”, disse Wilson Lima.

O governador explicou que a White Martins avisou ao Governo somente na madrugada do dia que antecedeu o problema na falta de abastecimento do oxigênio nos hospitais de Manaus, informação repassada imediatamente aos órgãos.

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“Quando eu recebi o comunicado da empresa de que a gente teria problemas de abastecimento, eu convidei todo mundo. E isso era 2h, 3h da manhã, para fazer esse comunicado.

“Olha, acabei de receber a informação da empresa que, hoje, nós vamos ter problema no abastecimento de oxigênio. A empresa só informou isso agora, por isso estou chamando vocês de madrugada, para explicar a situação, dividir a responsabilidade e não ser omisso em nenhum momento'”, descreveu o governador, destacando que todo o processo acerca da pandemia tem sido informado aos órgãos competentes desde o início.

Problema não está normalizado

Ainda na ocasião, o governador destacou que o problema do oxigênio não está normalizado porque Manaus não tem condições de produzir o oxigênio que precisa para atender a demanda atual diária que é de quase 76 mil m³. Antes da crise, a produção de quase 30 mil m³ dava suporte à rede de saúde.

“A principal empresa ainda não têm condições de fazer essa abastecimento. Por isso nós continuamos dependendo de cargas extras que estão vindo da Venezuela, do Nordeste, de empresas que fizeram doações, de compras feitas pelo Governo Federal”, elencou.

O governador ressaltou que o Estado também tem adquirido miniusinas para equacionar a situação. Ele deu o exemplo das duas que foram instaladas na enfermaria inaugurada que são autossustentáveis e suportam todos os 57 leitos ali dispostos.

Texto: Rosianne Couto

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