Para o presidente do Cieam, Wilson Périco, redução do imposto pela Camex vai na contramão da atração de investimentos para a indústria e para a geração de empregos no País.
Wilson Périco do Cieam diz não entender o conceito para medidas contra a ZFM (Foto: Reprodução)
O presidente do Centro da Industria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, uma das lideranças do setor da Zona Franca de Manaus (ZFM) considerou incompreensível a redução do Imposto de Importação (II) pelo governo federal para vários segmentos, incluindo bens de informática como tablets e celulares. A redução da alíquota em 10% ameaça o polo da ZFM.
Para Wilson Périco, a medida do governo federal vai na contramão do que acontece no mundo com países instalando medidas de barreira para produtos estrangeiros, enquanto o Brasil facilita a importação quando a prioridade, frisa, deveria ser a atração de investimentos para produção e geração de empregos. “Não consigo entender a lógica, o conceito disso”, disse o presidente do Cieam.
A redução em 10% da alíquota do II pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), nesta terça-feira (22) é a segunda desde o ano passado e acontece no momento em que a Zona Franca tenta alcançar uma medida que resguarde a indústria local da redução em 25% da alíquota do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI).
De acordo com Wilson Périco, as duas medidas deverão ser tratadas em separado nas conversas das entidades da indústria, Governo do Amazonas, Prefeitura e bancada do Amazonas no Congresso com o governo federal. “Nós fazemos a nossa parte”, reforçou Périco sobre a atuação dos sindicatos patronais.
A questão das duas reduções da alíquota do II pela Camex foi levantada nesta quarta-feira (23), pelo secretário Municipal da Educação, Pauderney Avelino, em entrevista ao RealTime1 quando alertou sobre a ameaça, em especial ao polo de celular do Amazonas.
Texto: Emerson Medina
Leia Mais: