Em entrevista nos Estados Unidos, Paulo Guedes disse que governo decidiu manter benefícios sociais para ajudar população mais pobre a lidar com o aumento da inflação.
Guedes minimizou a inflação e ressaltou que governo manteve cobertura social (Foto: Divulgação)
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira, 12, que a alta dos preços é algo generalizado em todo o mundo e que, no Brasil, a elevação dos valores de alimentos e energia responde por metade das taxas do País.
“A inflação está em todo o mundo. Metade da inflação (no Brasil) é exatamente comida e energia”, disse Guedes durante entrevista à CNN Interacional nos Estados Unidos. O ministro está no país para participar de eventos organizados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e o grupo das 20 maiores economias do mundo (G20), do qual o Brasil faz parte.
De acordo com Guedes, é por causa dessa resiliência dos preços em segmentos fundamentais para a população que o governo decidiu manter benefícios concedidos durante a pandemia de coronavírus, como o auxílio emergencial. O programa foi estendido este ano e tem prazo para terminar neste mês de outubro.
“Por isso, nossa proteção (social) ainda está lá. Vamos manter essa proteção. Vamos aumentar a transferência direta de renda para população pobre para cobrir os preços dos alimentos e da energia”, afirmou.
O FMI previu que a inflação deve seguir em alta no mundo até o fim de 2021, mas deve arrefecer no ano que vem e retornar a níveis pré-pandemia. O Banco Central também iniciou seu ciclo de alta dos juros de forma antecipada em relação ao restante do mundo para tentar interromper a elevação dos preços.
Em setembro, o IPCA, que é o índice de preços oficial do País, voltou a surpreender ao mostrar um aumento de 1,16%. Com esse dado, o acumulado de 12 meses superou os dois dígitos e está em 10,25%.
Com informações da Agência Estadão
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