Economistas alertam para a cautela nas despesas em meio a previsão de continuidade da inflação, de alta do dólar e da elevação da taxa de juros.
Ômicron e eleições geram incertezas na economia, dizem economistas (Foto: Reprodução)
Incertezas quanto ao avanço da variante Ômicron e o ano eleitoral devem direcionar a economia no país ao longo de 2022. Economistas alertam para a cautela nas despesas em meio a previsão de continuidade da inflação, de alta do dólar e da elevação da taxa de juros.
Na avaliação do consultor econômico e professor universitário, Francisco Mourão Júnior, 2022 deverá ser um ano difícil em relação a economia, com previsão de resultados (de crescimento) em menores índices em relação a 2021.
“Vivenciamos uma inflação de dois dígitos que deverá ter continuidade. O dólar deverá seguir em alta. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deverá elevar a taxa Selic para 10% e o Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 deverá fechar em 1% ou 2% de crescimento, menor que o que deverá ser fechado em 2021. Tudo isso somado a incerteza do avanço da Ômicron”, comentou o economista.
Júnior ainda acredita que a economia deverá nortear o eleitorado em 2022. Isso porque, segundo ele, o cidadão deverá considerar mais do que nunca as ações tomadas em relação ao atendimento durante a pandemia da Covid-19.
“Os eleitores deverão considerar a importância das medidas econômicas e os investimentos destinados à saúde. Isso deverá pesar na hora do voto como preocupação com o futuro após o momento difícil que enfrentamos”, disse.
O economista Orígenes Martins concorda que as eleições trazem insegurança ao cenário econômico e isso somado ao risco de uma onda da pandemia, gera preocupação. Mesmo assim, ele tem expectativas positivas quanto ao desenrolar da economia no país.
“Apesar de todo o cenário macroeconômico e das incertezas por conta de nova variante do vírus, temos boas perspectivas porque vemos sinais de recuperação no segmento de agronegócios, da indústria, que voltou a ter investimentos. O que ainda pode ocorrer é de impacto por insegurança dos investidores no período eleitoral”, comentou.
Texto: Priscila Caldas
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