A principal influência do IPI reduzido no preço final será nos prodtos de linha branca, segundo a Alshop que destaca as incertezas com relação ao dólar e à guerra na Ucrânia.
Alshop diz que medida vem após sucessivos aumentos de impostos (Foto: Divulgação/Amazonas Shopping)
Mais recente revés para a Zona Franca de Manaus, o Decreto 10.979/22 do presidente Jair Bolsonaro reduziu em até 25% a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), afetando os incentivos concedidos no Amazonas e reduzindo os custos para outros Estados. O pretexto do governo federal é de estimular a indústria nacional e beneficiar o consumidor, mas a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) afirma que a medida não deverá ter impacto significativo nos artigos vendidos nos centros de compras.
Segundo a associação, o impacto do IPI é de no máximo 1,7%, caso dos produtos da chamada “linha branca”, o que inclui refrigeradores, lava-roupas, fogões e outros eletrodomésticos. “O impacto é mínimo e chega após um aumento sucessivo de impostos que elevaram o custo final dos produtos para o consumidor. Se considerarmos só a inflação e o aumento de custos fixos para o empresário do comércio, estimamos que o incremento nas vendas deve ser de no máximo 5% nos próximos meses, mas por um efeito psicológico das promoções do IPI reduzido”, comenta Luis Augusto Ildefonso, diretor Institucional da ALSHOP.
Na avaliação da Alshop, custos elevados como energia e aluguel impulsionados pela inflação, interferem na redução de preços dos itens mais vendidos nos shoppings como vestuário, calçados, acessórios, presentes e eletrônicos. “A própria redução do dólar nos últimos meses ainda é um fator incerto por conta do conflito no Leste Europeu que também pressiona os insumos básicos usados nesses produtos como os chips. Ainda há escassez desses produtos em vários subsegmentos”, avalia Ildefonso.
Na avaliação da entidade, segundo seus associados, as incertezas em torno do dólar e de conflitos como a da Rússia e Ucrânia além do ano eleitoral, dificultam as projeções de venda para este ano. “Com o fim dos decretos restritivos e também a tendência de desobrigar o uso de máscaras em locais fechados e abertos, o consumidor ficará mais confiante em voltar normalmente aos centros de compra e assim poderemos retomar as atividades comerciais normalmente como já vínhamos reivindicando ao longo dos últimos meses”, revela Nabil Sahyoun, presidente da Alshop.
Com informações da Assessoria
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